Arcos de Valdevez serve “uma das melhores carnes do planeta” nas escolas

O Secretário de Estado da Agricultura elogiou o Município de Arcos de Valdevez pela iniciativa de servir carne cachena nas refeições escolares servidas no concelho, considerando-o “um exemplo para o país” na promoção e valorização do mundo rural.

Micaela Barbosa
20 Nov. 2024 3 mins

No âmbito da assinatura de três protocolos – de valorização dos produtos locais nas refeições escolares dos alunos dos Agrupamento de Escolas de Arcos de Valdevez; de apoio para fomento da produção pecuária no concelho; e de apoio às obras de remodelação das instalações da Cooperativa Agrícola de Arcos de Valdevez e Ponte da Barca -, João Moura afirmou que Arcos de Valdevez “é um exemplo claro de como a colaboração entre entidades locais pode transformar a agricultura numa atividade sustentável e atrativa”. “É uma honra testemunhar estes protocolos que abrangem estratégias e valorizam fortemente os produtos locais, a atividade pecuária, a melhoria das infraestruturas agrícolas – neste caso da cooperativa -, e reconhecem e valorizam a importância das nossas raças autóctones, pois estão aqui em causa duas raças muito especiais: o garrano e a cachena”, referiu, confidenciando que não tem conhecimento de que exista outro concelho onde seja servida carne de uma raça autóctone nas refeições escolares. ““As crianças de Arcos de Valdevez são crianças felizes, desde logo porque o Município lhes proporciona a oportunidade de comer, na escola, uma das melhores carnes do planeta”, afirmou, defendendo que defendeu que é importante, no âmbito dos trabalhos com as escolas, reverter uma situação “em que os manuais escolares contém conteúdos depreciativos sobre a agricultura”.

O presidente da Câmara Municipal, João Esteves, aproveitou para pedir reforço de apoios no Plano Estratégico Agrícola Comum (PEPAC) para territórios de baixa densidade, de minifúndio. “É necessário rever os critérios nos baldios para áreas de pastagem, ou os modos de produção biológico. Nós tínhamos esses apoios, precisamos que regressem com força por forma a melhorar o rendimento dos nossos agricultores, e assim, criarmos condições para fixar população, porque ela é essencial para a preservação do território”, salientou, considerando ser urgente “um simplex, quer para os pedidos de apoio, quer para os processos de licenciamento, nomeadamente, os dos estábulos”.

O autarca solicitou ainda um o apoio ao projeto Quinta Ciência Viva/centro de inovação rural a desenvolver no antigo centro de formação agrícola de Monte Redondo, considerando a sua importância na atração dos mais jovens para o sector.

Já o presidente da Cooperativa Agrícola de Arcos de Valdevez e Ponte da Barca, José Carlos Ribas, pediu ajuda ao governante para a implantação de “políticas amigas destes territórios e produtores”. 

Na celebração de assinatura, o Secretário de Estado revelou ainda que o ministro da Agricultura e Pescas, José Manuel Fernandes, irá anunciar um breve um pacote financeiro “muito substancial” para apoiar os territórios de baldios, com um enfoque especial na pastorícia.

Os três protocolos assinados garantem apoios do Município no valor global de 150 mil euros.

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