D. Anacleto Oliveira, Bispo Diocesano de Viana do Castelo, presidiu, na manhã do dia 31 de maio, na Catedral, à Eucaristia da Solenidade de Pentecostes. A celebração contou com a participação de várias dezenas de fiéis, que cumpriram as determinações das autoridades sanitárias e as indicações da Conferência Episcopal Portuguesa.
Na
sua homilia, D. Anacleto começou por recordar que “a passada sexta-feira
foi o último dia de jejum das celebrações litúrgicas comunitárias”.
Providencialmente, disse o Bispo, coincidiu com o dia em que a Igreja celebrou
a memória de São Paulo VI, fundador da Diocese. E observou: “Tal como, há
mais de quarenta anos, com São Paulo VI, a Igreja presente em Viana do Castelo
iniciou um tempo novo, também nós, agora, com a reabertura das igrejas,
assistimos a um reinício”.
D.
Anacleto aludiu, depois, ao comentário litúrgico do Pe. Pablo Lima no jornal
“Notícias de Viana” da passada semana e, em concreto, às palavras que
o autor referiu ter ouvido, recentemente, de um outro sacerdote:
“Agora que acaba a Páscoa, vai começar a Páscoa”.
Partindo
desta expressão, o Bispo afirmou: “Esta foi, talvez, a Páscoa mais viva
que já celebrei. Apesar da ausência dos fiéis, dos quais senti muita falta,
esta foi oportunidade de viver de um outro modo o mistério pascal. De facto,
apesar das celebrações litúrgicas serem essenciais, estas não servem de nada se
não têm repercussões na vida prática, reduzindo-se a mero ritualismo. Da Páscoa
faz parte, acima de tudo, a oferta da vida. Ainda hoje, no Evangelho, escutámos
Jesus a aparecer aos discípulos mostrando as mãos e o lado, sinais da oferta da
vida. Este ano, não houve celebrações comunitárias, mas houve tanta gente a
celebrar a Páscoa, a dar-se aos outros. Houve, em concreto, uma valorização da
família que se tornou mais harmoniosa e redescobriu a beleza da oração em
família. Viveu-se a Páscoa de um modo mais profundo”.
D.
Anacleto considerou, portanto, que “este tempo de confinamento
trouxe grandes lições”, nomeadamente a de que “a vida cristã não
se pode reduzir ao que se passa dentro das paredes dos edifícios religiosos”.
O
Bispo Diocesano expressou o desejo de que esta Páscoa continue a produzir
frutos abundantes na vida dos cristãos, invocando a intercessão de São Paulo VI
que se espera “em breve, poder ser declarado padroeiro secundário da
Diocese”.
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