Viana do Castelo caminha em direção à Jornada Mundial da Juventude de 2023

Portugal vai ser palco, em 2023, da Jornada Mundial da Juventude (JMJ). Sob o mote "Maria levantou-se e partiu apressadamente", a Diocese de Viana do Castelo participou na passagem dos símbolos, em Roma, que marcou o arranque do “maior evento mundial” que visa "aproximar os jovens à Igreja".

Notícias de Viana
3 Dez. 2020 4 mins
Viana do Castelo caminha em direção à Jornada Mundial da Juventude de 2023

A JMJ é uma iniciativa “visionária” de São João Paulo II, que convida todos os jovens do mundo a participar “ativamente” na Igreja. “O encontro acontece de três em três anos numa cidade e não passa só pela sua realização, mas também pelo caminho de preparação que é feito até lá”, explicou o Pe. Domingos Meira, diretor do Secretariado Diocesano de Viana do Castelo da Pastoral Juvenil.

O evento é organizado pelo Comité Organizador Local (COL) e conta com o apoio dos comités diocesanos. Em Viana do Castelo, a equipa é constituída por 15 elementos que já tem três atividades delineadas. “Estamos constantemente em coordenação com o COL, que tem enviado propostas de atividades para todas as Dioceses. Cada organizador local vai promovendo e adaptando as sugestões à realidade da sua Diocese. Em Viana, no fim de semana 28 e 29 de novembro, participamos na iniciativa “Faz Missão”. Vários jovens vestiram a camisola da JMJ e, dentro das normas exigidas, participaram em algumas atividades nas suas Paróquias para assinalar o arranque da JMJ”, contou, adiantando: “No dia 23 de dezembro será o dia da JMJ em todas as Dioceses. Nós vamos marcar esta data com uma celebração na capela do Seminário, que também vai funcionar como a sede da JMJ da nossa Diocese. Será uma celebração simples, e contará com os elementos do Conselho Diocesano da Pastoral Juvenil. Já no dia 23 de janeiro, está previsto irmos cantar as janeiras da JMJ”.

Todo este trabalho, segundo o responsável, “tem de envolver os jovens, tornando-os protagonistas”. “A Igreja precisa dos jovens. Eles não podem deixar que os outros falem e façam as coisas por eles. É preciso que sejam eles mesmos a tomar as decisões e, consequentemente, sejam ouvidos. A transformação da Igreja dar-se-á graças a eles”, defendeu, apelando à participação dos Arciprestes e movimentos juvenis diocesanos “na caminhada em direção à JMJ 2023”. “Queremos que se dinamizem. Todo o trabalho depende de todos e, por isso, é necessário que se disponibilizem localmente, criando grupos de jovens onde não há, por exemplo”, salientou. No entanto, o Pe. Domingos Meira admite que a pandemia limitou “bastante” o trabalho das equipas organizadoras diocesanas. “Várias Dioceses começaram por realizar eventos, maioritariamente, no online. Na minha opinião, não é de todo este o caminho que deve ser feito, mas reconheço que é um recurso para quem tem vontade de fazer e de querer que as coisas aconteçam”, considerou, acrescentando que é também “sinal de que não baixaram os braços e que não estão parados”. “Esperemos que, em breve, seja possível realizar eventos presenciais que nos permitam olhar para a JMJ como um futuro de esperança. Isto tem que voltar ao normal, com centenas e milhares de jovens a conviver e a estar juntos. A JMJ é dos maiores eventos mundiais que mostra o que é estar junto pelo mesmo motivo. Revela ainda a alegria e a partilha do encontro. Ou seja, a JMJ inclui tudo aquilo que não se pode fazer agora devido à pandemia”, frisou.

Recentemente, o Vaticano acolheu a cerimónia da passagem dos símbolos da JMJ, e marcou o arranque do “grande evento” que se vai realizar em Lisboa, em 2023. “Este encontro seria muito mais festivo e contaria com a participação de centenas de jovens. No entanto, a pandemia trocou-nos as voltas e a cerimónia foi muito mais reservada. Era um momento já há algum tempo desejado e que tinha de ser feito”, considerou, frisando: “A JMJ é uma vitória para Portugal, como quando ganhámos o Europeu de Futebol e, mais importante do que a participação dos jovens no evento, é envolver todos os portugueses na sua preparação. É uma marca muito positiva que ficará na sociedade portuguesa, nos jovens e na Igreja”.

Tags Religião

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