Cerca de 45 escuteiros da Região de Viana do Castelo participaram, no Dia Internacional da Diversidade Biológica, numa ação de voluntariado ambiental que visou o controlo e a adaptação de espécies invasoras, a criação de sementeiras para as aves e a preparação do solo para outras iniciativas.
Após um ano sem atividades presenciais devido à pandemia Covid-19, a equipa “Servir Viana” promoveu uma ação de voluntariado ambiental na Serra d’Arga sob o mote “Faz do mundo a tua casa”, que visou “sensibilizar e capacitar no controlo de invasoras”. “O Servir Viana é um projeto criado em 2017 por Caminheiros. O nosso papel é promover atividades de serviço em prol da comunidade e, este ano, como está muito em voga a temática da sustentabilidade e do impacte ambiental, quisemos organizar uma atividade de cariz ambiental”, explicou Andreia Miranda, uma das escuteiras da equipa organizadora, considerando: “Também nos facilitou na organização, tendo em conta o contexto pandémico que vivemos, porque a atividade decorreu ao ar livre, cumprindo com as normas de segurança das autoridades de saúde.”
A escuteira, que pertence ao Agrupamento de Escuteiros de Barroselas, adiantou ainda que a avaliação final revelou que os participantes gostaram “muito” da atividade, que incluiu uma vertente pedagógica. “Nenhum deles apontou um aspeto negativo. Acho que foi uma coisa inédita. Todos adoraram e disseram que gostavam de fazer mais atividades deste género, indo para o terreno”, destacou.
A atividade “Servir Viana” contou ainda com a colaboração do movimento Reflorestar Portugal, da Associação Desportiva Cultural Montariense e dos Baldios. “O grupo gostou tanto, que vai continuar este trabalho. Para nós, é uma felicidade enorme. O dia correu muito bem e mostra o que é possível fazer quando todos damos as mãos. Foi um sonho que se concretizou. Foi fantástico ver o confronto entre o antes e o depois”, afirmou Cristina Fiúza, uma das fundadoras do Movimento Reflorestar Serra d’Arga, acrescentando que a atividade terminou com um momento musical.
Rita Roquete coordenou os trabalhos com Miguel Morais e explicou que a iniciativa serviu, principalmente, para fazer a marcação de espécies autóctones, admitindo “a sorte” em ter os escuteiros a participar na ação. “Ficamos bem impressionados com estes jovens. Têm uma capacidade de trabalho incrível. Eles precisam de ver e ter a noção de futuro. Mesmo que eles sintam que há outros grupos a vir, eles sabem que já fizeram um trabalho de grande importância”, destacou, explicando que organizou os escuteiros em grupos de trabalho com tarefas diferentes.
A responsável, que também pertence à Reflorestar Serra d’Arga e à Associação Desportiva Cultural Montariense, reforçou que “o foco da reflorestação não deve ser o desbaste, nem a quantidade”. “Estamos a trabalhar numa visão alargada. A nossa vontade é que, com a ajuda destes jovens, a natureza dê ferramentas, podendo replicá-las noutros locais. Queremos que, a nível mensal, isto aconteça”, reiterou.
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