Grupo de Jovens Rosa dos Ventos: “A nossa maior missão é procurar levar a fé a todos os que nos rodeiam”

O Grupo de Jovens Rosa dos Ventos, da Paróquia de Santa Cristina, Meadela, Arciprestado de Viana do Castelo, surgiu a 5 de maio de 2012 com a missão de “levar a fé a todos”. Atualmente, conta com 22 membros.

Notícias de Viana
15 Out. 2021 5 mins
Grupo de Jovens Rosa dos Ventos: “A nossa maior missão é procurar levar a fé a todos os que nos rodeiam”

Notícias de Viana (NdV): Quando e como surgiu o Grupo?Grupo de Jovens Rosa dos Ventos (GJRV): O Grupo de Jovens Rosa dos Ventos surgiu em 2012, a partir de um convite lançado pelo Ricardo Oliveira, atualmente secretário na Paróquia de Monserrate, Viana do Castelo, para que vários jovens participassem numa celebração de Lausperene que iria decorrer em Calheiros, Ponte de Lima. Nesse encontro, participaram cerca de 50 jovens da Paróquia de Meadela, entre eles, jovens que tinham terminado recentemente a catequese e jovens a frequentar o 9º e 10º anos de catequese. Após essa atividade, veio o desafio para que esse grupo se voltasse a reunir, desta vez na própria Paróquia, para poderem conversar, conhecer-se melhor e receber o desafio final: dar início à formação de um Grupo de Jovens na Paróquia de Meadela.Assim foi! Definimos um nome e acordámos encontrar-nos semanalmente para iniciar a nossa caminhada. A 5 de maio de 2012, apresentámos, então, o nosso Grupo a toda a Paróquia, numa celebração da Eucaristia presidida por D. Anacleto Oliveira.

(NdV):Como procuram viver a fé?(GJRV): A nossa maior missão, enquanto Grupo de Jovens, é procurar levar a fé a todos os que nos rodeiam, seja através da música, seja através de atos de cariz social. Tentamos participar nas várias atividades dinamizadas quer a nível paroquial, quer a nível diocesano, procurando ser exemplo, para que mais jovens venham conhecer a dinâmica dos grupos de jovens e não se afastem da Igreja.

(NdV): Como estão a preparar-se para a JMJ 2023?(GJRV): Muitos dos elementos do nosso Grupo já tiveram o privilégio de participar numa Jornada Mundial da Juventude (JMJ), em Cracóvia, Polónia, em 2016, e, precisamente por terem tido essa experiencia e saberem o espírito que lá se vive, têm a participação na JMJ Lisboa 2023 definida como um objetivo. Nesse sentido, apesar de parecer ainda distante, a caminhada de preparação já começou e temos participado nela, nomeadamente através dos Dias JMJ. Para quem ainda não os conhece, os Dias JMJ são dinâmicas propostas pelo Comité Organizador Diocesano (COD) da JMJ, de Viana do Castelo, para que no dia 23 de cada mês, se reze, se fale ou simplesmente todos nos lembremos da JMJ 2023 e nos preparemos para a receber. 

(NdV): Que desafios sentem ter pela frente?(GJRV): Dada a situação pandémica que atravessámos nos últimos tempos, praticamente todas as nossas atividades estiveram suspensas. Fomos obrigados a reinventar-nos. Mantivemos os nossos encontros por via digital, mas não com a periodicidade e vivacidade que gostaríamos. Neste momento, com o levantamento das restrições, estamos a retomar os nossos encontros e a delinear o novo Ano Pastoral. Temos noção de que este tempo de maior inércia quebrou o ritmo de trabalho e provocou algum afastamento dos jovens; por isso, um dos nossos maiores desafios, neste momento, prende-se com este recomeço. Voltar à nossa rotina enquanto Grupo e poder planear as nossas atividades, tanto a nível interno como com outros Grupos de Jovens. Outro dos desafios que sentimos que temos pela frente é a renovação do Grupo, isto é, a participação de novos membros. Uma grande dificuldade atual é conseguir captar os jovens que terminam o seu percurso de catequese para que venham conhecer-nos e ver a dinâmica de trabalho de um Grupo de Jovens. 

(NdV): Que interpelação gostariam de deixar a outros jovens que estão mais afastados da Igreja?(GJRV): Temos cada vez mais jovens afastados da Igreja porque não concordam com a forma como algumas coisas são feitas ou vividas, ou mesmo porque não se sentem inseridos na sua comunidade paroquial. Por isso, em primeiro lugar, gostaríamos de lhes mostrar que podem ter um papel ativo na mudança que querem ver. Ao longo dos anos, e já lá vão 9, temos vindo a reparar que muitos jovens não têm vontade de conhecer os Grupos de Jovens porque os encaram como uma continuação do percurso de catequese. Queremos dizer-lhes que fazer parte de um Grupo de Jovens vai muito para além disso. Juntar-se a um Grupo de Jovens é juntar-se a um grupo de amigos, em que todos podem conversar, partilhar ideias e definir os seus próprios objetivos. Não há regras rígidas. São os próprios jovens que as definem e planeiam de acordo com os seus métodos de trabalho. No fundo, é pertencer a um grupo de pessoas todas diferentes, mas unidas por um objetivo maior: ser testemunhos de fé. Para terminar, nada melhor que deixar-vos o apelo do próprio Papa Francisco: “Por favor, não deixem para outros o ser protagonistas da mudança! Vocês são aqueles que têm o futuro! Vocês… Através de vocês, entra o futuro no mundo. Também a vocês, eu peço para serem protagonistas desta mudança. Continuem a vencer a apatia, dando uma resposta cristã às inquietações sociais e políticas que estão a surgir em várias partes do mundo. Peço-vos para serem construtores do mundo, trabalharem por um mundo melhor. Queridos jovens, por favor, não olhem a vida da varanda, entrem nela.»  (25/7/2013, Jornada Mundial da Juventude, Rio de Janeiro).

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