O Arciprestado de Ponte da Barca acolheu a Abertura do Ano Escutista 2022/2023, que decorreu no âmbito do 50º aniversário do Agrupamento de Escuteiros de Vila Nova de Muía. Na atividade, na qual participaram mais de 1.200 escuteiros de 26 Agrupamentos da Região de Viana do Castelo do Corpo Nacional de Escutas (CNE), marcaram ainda presença o Bispo diocesano, D. João Lavrador, o chefe nacional adjunto, Paulo Pinto, o chefe regional, Henrique Amorim, o presidente da Câmara Municipal, Augusto Marinho, e o presidente da União de Freguesias de Ponte da Barca, Vila Nova de Muía e Paço Vedro de Magalhães, José António Silva.
Na sua intervenção, D. João Lavrador saudou os rapazes e as raparigas, convidando-os a renovar. “Estamos a celebrar o novo ano em tantas situações. “Novo” aponta para “renovar”. Já não vai ser igual aos anos anteriores. Contamos com a nossa experiência, mas vamos renovar. Como?”, desafiou, continuando: “Quando reconhecemos que ainda falta algo na sociedade e nas nossas comunidades. Quando ainda falta algo àqueles que nos rodeiam, sobretudo, aos nossos colegas. Quando ainda falta algo à nossa sociedade e comunidade para que sejam, cada vez mais, de acordo com os nossos sonhos.”
O prelado apelou ainda ao “empenho” e à “participação” na Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que vai realizar-se em 2023, em Lisboa, e incentivou à celebração do centenário do CNE de acordo com “os valores, os princípios e os objetivos, desde a sua criação” e que “continuam com uma atualidade única”. “Caros jovens e dirigentes, quero manifestar o desejo de que este ano seja um ano repleto de atividades ricas e de concretização de projetos. Que seja um ano que vos preencha a alma e responda a todos os vossos anseios, o que só será possível se todos, e cada um, se empenhar”, salientou, enaltecendo o papel do escutismo na “projeção do futuro”.
“É um prazer enorme ter-vos cá todos”
O chefe de Agrupamento dos Escuteiros de Vila Nova de Muía, Abílio Silva, mostrou-se emocionado por receber “todos os Agrupamentos da região” em Ponte da Barca, no dia em que deu início às festividades do 50º aniversário. “Obrigado a todos”, disse, dirigindo uma palavra “especial” ao Pe. Miranda, que foi um dos fundadores do Agrupamento. “O Pe. Miranda fez isto que vivemos há 50 anos”, frisou, terminado: “É um prazer enorme ter-vos cá para podermos partilhar esta festa dos 50 anos. É algo que nos enche o coração e não vamos esquecer nos próximos 50 anos. Espero que tenham gostado e espero ver-vos cá mais vezes”.
“Este é um ano de tudo ou nada”
O chefe regional, Henrique Amorim, explicou que o Ano Escutista 2022/2023 tem como “tema integrador: “Escutismo, um projeto de futuro”. “’Saber’ é a palavra circunstancial de todas as atividades que projetam para um sentido: S. Nuno de Santa Maria, o nosso exemplo. Hoje e no futuro, queremos e devemos encarar o escutismo dos nossos antecessores, ser fiéis à nossa fé e história com 100 anos”, disse, dando nota que na atividade participaram os 16 Agrupamentos do distrito, trazendo a Ponte da Barca “mais de 1.600”. “Este é um ano de tudo ou nada, sobretudo, para os dirigentes que têm de desdobrar e duplicar a disponibilidade e o compromisso. Queremos que todos vós, nos vossos Agrupamentos e comunidades, sejais empreendedores e dinamizadores de grandes e boas atividades escutistas, cultivando amizades, assumindo o vosso papel na comunidade, exercendo a vossa cidadania participativa e generosa, e evangelizando pelo testemunho e partilha, mas respeitando sempre a convicção de todos”, referiu, apelando à participação de todos na JMJ e no centenário do CNE.
“Viana do Castelo é a região que mais cresce a nível nacional”
O chefe nacional adjunto, Paulo Pinto, deixou umas palavras aos escuteiros, de um modo “especial”, “a todos homens e mulheres que permitiram chegar aos 100 anos de CNE. “O meu segundo agradecimento é para todos os escuteiros e dirigentes. Viana do Castelo é a região que mais cresce a nível nacional em número de escuteiros [palmas]. Isto deve-se à capacidade de adaptação, de resiliência e de superação durante a pandemia”, congratulou, aplaudindo os dirigentes que “souberam agarrar a oportunidade, tornando-a uma garantia de futuro”.
O dirigente desafiou ainda os escuteiros a colocar os seus dons ao serviço dos outros através das suas atividades. “Sejam capazes de ser escuteiros diferentes e de construir um futuro para que a sociedade seja mais justa e capaz”, reiterou, acrescentando: “E, celebrem muito. Celebrem para que as vossas comunidades, famílias, o Agrupamento e a sociedade sintam que fazem 100 anos e percebam que não estamos velhos, mas jovens. É através deles que há escutismo.”
“Obrigado pelo vosso empenho e dedicação”
O presidente da União de Freguesias de Ponte da Barca, Vila Nova de Muía e Paço Vedro de Magalhães, José António Silva, confidenciou que Ponte da Barca estava com falta daquele “calor humano”. “É uma gratidão enorme ter-vos cá, acima de tudo, pelo 50º aniversário do Agrupamento dos Escuteiros de Vila Nova de Muía”, afirmou, dirigindo uma palavra aos dirigentes. “Sei que é um trabalho voluntário e reconheço as vossas dificuldades, mas nunca se esqueçam da vossa missão: contribuir na educação destes jovens. Obrigado pelo vosso empenho e dedicação”, salientou.
“Foi uma alegria enorme ver esta praça repleta de juventude”
Já o presidente da Câmara Municipal de Ponte da Barca, Augusto Marinho, mostrou-se “honrado” por partilhar a festa com os escuteiros da Região de Viana do Castelo. “Para nós, foi uma alegria enorme ver esta praça repleta de juventude”, garantiu, descrevendo aquela imagem como a Primavera. “É a estação do ano em que se dá o desenvolvimento da flor, e vocês representam a alegria, a comunidade, o crescimento e os valores”, salientou.
O autarca dirigiu ainda uma palavra aos dirigentes e agradeceu o seu contributo na formação de “homens e mulheres do amanhã, que irão fortalecer a sociedade”, tornando-a “ativa” e “entusiasmada”. “É com grande alegria que nos associamos aos 50 anos do Agrupamento de Escuteiros de Vila Nova de Muía, e ver os seus dirigentes a transmitir um conjunto de valores à nossa juventude que fortalecem a nossa comunidade”, acrescentou.
No final, o chefe de Agrupamento de Escuteiros de Meadela passou o testemunho ao chefe de Agrupamento de Escuteiros de Vila Nova de Muía, que ficará com ele até ao final do ano.
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