“Precisamos, sobretudo, de cobertores”

Sem precisar os anos a que pertencem à direção da Cáritas diocesana, Maria Ernesta Amorim e Isabel Soares são as responsáveis pelo Roupeiro Social. “Estamos numa casa que pertence à Diocese, mas só ocupávamos o rés-do-chão e a cave. Entretanto, ficámos com o andar de cima e um armazém em frente, onde guardamos mobília e muitas outras coisas”, começou por dizer Isabel, especificando que, no 1º andar, têm a roupa para as crianças, na cave a roupa para adultos, e no rés-do-chão loiça e roupa de cama. “É também nos rés-do-chão que recebemos as pessoas”, acrescentou.

Maria Ernesta referiu que têm espaço “suficiente” para guardar o que lhes chega e que a dificuldade é em arranjar mais material. “Nesta altura, precisamos sobretudo de cobertores, lençóis, loiça e alguma mobília”, apontou, assegurando que têm roupa necessária para enxovais.

Com a pandemia e a vinda de migrantes para Viana do Castelo, os pedidos de ajuda aumentaram. “Temos estudantes da Guiné, do Brasil e de muitos outros sítios que nos procuram”, disse Ernesta, dando nota que, desde janeiro de 2022, o Roupeiro Social atendeu “206 famílias que correspondem a 496 pessoas”. “Vamos conseguindo dar resposta através de conhecidos que pedem aos amigos. Temos pessoas que nos fazem chegar coisas, mas precisamos de muito mais”, atirou.

A entrega de bens pode ser feita, em mão, na Rua da Bandeira, nº 202, às quartas-feiras da parte da tarde, ou agendar através do telefone 258 824 567.