O Santoinho, no Arciprestado de Viana do Castelo, abriu as portas “excecionalmente em época de inverno” para o Arraial da Juventude, a propósito da peregrinação diocesana dos Símbolos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ). O evento, promovido pelo Secretariado Diocesano da Pastoral Juvenil (SDPJ), visou “levar os jovens a participar na JMJ Lisboa 2023”.
A Cruz Peregrina e o Ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani entraram no Santinho ao som de música tradicional portuguesa e de aplausos das cerca de mil pessoas que compraram bilhete e contribuíram para a JMJ 2023. “Vendemos cerca de mil bilhetes. O custo era de 20 euros, dos quais cinco reverteram para os Grupos de Jovens que os venderam”, explicou o Pe. Domingos Meira, presidente do SDPJ, especificando que participou “um bom número de jovens” dos dez Arciprestados da Diocese.
O responsável confidenciou que o evento superou as expectativas. “Partiu de uma ideia nossa, mas que sabíamos que seria difícil de concretizar. Primeiro, foi fundamental o Santoinho aceitar e ajudar, e depois, a participação do Canário. Sabemos que a agenda está cheia, mas felizmente conseguimos que ele viesse animar o nosso arraial”, explicou, assegurando que Augusto Canário conseguiu contextualizar o momento com a presença dos Símbolos através das suas cantigas. “Apesar das várias condicionantes, os jovens participaram no arraial”, frisou, enaltecendo: “Os jovens ainda convivem muito bem com as nossas tradições. Isto é bom sinal e mostra que as nossas tradições têm futuro.”
O Pe. Domingos Meira elogiou ainda a adesão do “grande parte das Paróquias”, que “excederam números de bilhetes vendidos” na última semana.
“O povo minhoto e os seus concidadãos vão levar animação imensa a Lisboa”
Augusto Canário foi o convidado especial da noite que, mal recebeu o convite, “não tinha como dizer que não”. “O que me motivou foi desde logo o espírito jovem e, principalmente, a minha filha e os meus netos, porque são pessoas que se dedicam à formação de jovens”, disse, relembrando a mensagem de que “o mundo precisa de ser renovado”. “Hoje, não se diz tanto, mas falavam que os jovens de hoje não prestam; mas quem tem culpa são os mais velhos, que os educam. E, por isso, temos de ser exemplo e abraçar eventos sociais como este, motivando-os”, frisou, contando que conheceu o Pe. Meira “há muitos anos” e, por isso, “disse imediatamente que sim”. “Já não é a primeira vez que partilhamos momentos como este e o Santoinho é um espaço maravilhoso para estar com gente da minha terra e amiga”, acrescentou.
O artista mostrou-se “emocionado” por presenciar um momento de partilha de jovens com os mais velhos. “Faz todo o sentido que existam iniciativas que juntem jovens e mais velhos, porque o espírito de jovem existe dentro de cada um de nós. É ele que comanda a vida, assim como a vontade e o sonho”, referiu, recordando a sua participação no acampamento nacional de escuteiros em Idanha-a-Nova. “Ver aquela gente toda, de todos os cantos do mundo, levou-me a questionar o que os move para estarem ali… É o sonho, o convívio e o espírito. Para isso, não há idades”, contou.
Augusto Canário confidenciou ainda que não vai marcar presença na JMJ porque tem concertos agendados para os mesmos dias, mas está “disponível” para ajudar no que for necessário até lá.
“Do que vejo, as pessoas estão sensibilizadas com a JMJ. Estamos numa zona em que a fé tem um grande papel na vida das pessoas e, quando se trata de iniciativas de bem, as pessoas aderem. Pode não ser em massa, mas vêm com o intuito de ajudar e participar”, defendeu, enaltecendo a forma de ser e estar em Igreja do Papa Francisco. “A fé movimenta multidões e o Papa Francisco tem cativando ainda mais pessoas através do seu humanismo que, aliado à fé, mais força tem”, acrescentou, terminando: “O povo minhoto e os seus concidadãos vão levar animação imensa a Lisboa, transformando-a na capital do mundo do dia 1 a dia 6 de agosto.”
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