O Secretariado Diocesano da Catequese (SDC) promoveu, no Centro Pastoral Paulo VI, em Darque, Viana do Castelo, o Dia Diocesano da Catequese que, este ano, contou com mais de 150 participantes. Sob o mote “Encontra… Celebra… Vive!”, a iniciativa visou “juntar os diversos agentes da catequese” (Párocos, catequistas, crianças, adolescentes, pais, equipas e coordenadores arciprestais) tendo também convidado os grupos paroquiais que estão a preparar-se, este ano, para participar na Jornada Mundial da Juventude, reunindo-os em grupos específicos no sentido de ouvir, refletir e partilhar experiências.
Cátia Asseiro, Lia, Isabel Abreu e Augusta Trigo, são catequistas e participaram no Dia Diocesano da Catequese, assim como o Pe. Paulo Alves que, além de ser membro do SDC e Vigário Paroquial de Nª Sra. de Fátima, Arciprestado de Viana do Castelo, é também catequista. “Ser catequista, hoje em dia, é um grande desafio pelas condições que encontramos, tanto ao nível das crianças como das suas famílias. No entanto, também é interessante, porque podemos aplicar estratégias para ir ao encontro das pessoas, fazendo com que nos sintamos realizadas com a nossa missão”, disse Cátia, salientando que o Dia Diocesano da Catequese assinalou “a união das pessoas dos vários Arciprestados”. “Foi-nos, ainda, apresentado o novo itinerário da catequese para os próximos tempos. Será uma nova estratégia para levarmos para as Paróquias e desejamos que tenha frutos, porque nos pareceu muito interessante”, considerou. “Ser catequista é assumir a missão de dar testemunho da Palavra de Deus. É responder ‘sim’ ao chamamento de Deus e entregar-se aos outros. É estar junto, partilhar, caminhar ao lado de outros e encontrar-se profundamente com Jesus. É catequisar, aproximar, ouvir, estar junto, e participar na vida cristã”, afirmou Lia, confidenciando: “Estar presente neste dia está a ser uma experiência muito interessante e gratificante. Em primeiro lugar, por ser mais uma oportunidade de encontro com Jesus pelo convívio com pais, catequizandos, padres e religiosas, e estar com outras pessoas de Paróquias diferentes.”
Lia admitiu, ainda, que “a troca de testemunhos entre famílias também foi muito gratificante”. “A parte da diversão, a atividade lúdica, foi um momento formidável de partilha e espírito de equipa e companheirismo”, especificou. “Catequista é ser missão e, hoje, aprendi que a catequese é o primeiro anúncio que desperta para o sentido do mistério, favorece a atitude da fé e é responsável pelo crescimento e aprofundamento da fé”, frisou Isabel. “Ser catequista é tentar comunicar a crianças e jovens a mensagem de Cristo e, hoje, aprendi que a convivência entre todos faz falta, que é essencial”, acrescentou Augusta.
O Pe. Paulo Alves foi mais profundo nas palavras e disse que “ser catequista corresponde à resposta a um caminho específico para chegarmos à estrada do Pai”. “Ser catequista corresponde a tomar a atitude de irmão mais velho, que dá a mão aos seus irmãos mais novos para os ensinar a dar os primeiros passos, a ver as dificuldades para os ajudar a caminhar com segurança e, ao mesmo tempo, com ânimo”, reiterou, frisando que “ser catequista faz-nos ser Cristo para os outros”.
“Este encontro permitiu levar a cabo um cruzamento de experiências entre as diferentes Paróquias dos nossos Arciprestados que nos permite enriquecer”, continuou o Pe. Paulo, especificando: “Por um lado, conhecer o terreno da nossa Diocese através das Paróquias, percebendo de que forma a nossa linguagem, como agentes pastorais, deve ser enquadrada, no sentido de se tornar compreensível aos nossos cristãos. E, por outro lado, a riqueza das experiências de graça e de Cristo, sobretudo, através dos catequistas que têm sido expressão e imagem de Cristo. Eles também têm as suas dificuldades e riquezas inerentes à sua missão e, com esta partilha e confronto de ideias, podemos sempre ganhar mais alguns pontos e alicerces para poder enquadrar a nossa missão e, sobretudo, de que forma poderemos enquadrar o novo itinerário da catequese que se iniciará em breve.”
Já o diretor do Secretariado, que é também Pároco em Monserrate, Viana do Castelo, Pe. Vasco Gonçalves, afirmou que “ser catequista é apaixonar-se por Jesus Cristo”. “É sentir esta alegria ao levar Cristo aos outros. Ser catequista vai também implicar, não só a intenção, mas também a formação. Formar e tomar consciência do que é orientar um grupo de catequese, independentemente da sua faixa etária, e passa, sobretudo, por esta identificação com Cristo e deixar que Ele viva em nós”, reiterou, descrevendo o encontro diocesano como “formidável”. “Aprendi que, na catequese, o sermos Igreja é encontrarmo-nos uns com os outros e, ao mesmo tempo, com Cristo. E que Cristo é Aquele que nos une, congrega, faz viver momentos de encontro e de convívio humanamente profundos e ricos, mas também é Aquele com Quem nos sentamos à mesa, escutamos, alimentamos, e que é portador da alegria. Isto é Igreja descontraída e em festa. Enfim, todos sentimos que é Cristo que dá sentido à nossa vida”, acrescentou.
No momento da Ação de Graças da Eucaristia, cada participante recebeu um pequeno saco de sementes como estímulo simbólico ao desempenho da sua função de semear a Palavra de Deus pelo mundo. Depois de um animado almoço partilhado, os presentes foram convidados a “procurar e descobrir um tesouro” pela mata do Centro, participando numa divertida atividade generosamente preparada por escuteiros.
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