São cerca de 60 raparigas que compõem a Companhia das Guias de Neiva, em São Romão do Neiva (Viana do Castelo), que completa 50 anos no dia 14 de julho de 2024. O programa inclui atividades abertas à comunidade em geral, e um momento mais formal com as entidades civis. No entanto, 2024 ficará igualmente marcado com a participação na atividade nacional, que reúne Guias de todo o país, incluindo ilhas.
Carina Freixo tem 22 anos e é chefe da Companhia. “A nossa missão é dar oportunidade às raparigas de desenvolver competências que são importantes para a sua vida pessoal, profissional e social, ensinando-as a serem independentes e autónomas”, afirmou.
A Companhia surgiu em 1974 através de um casal. Ele era chefe dos Escuteiros e ela Guia. Iniciou o movimento em Meadela e, mais tarde, em São Romão do Neiva e outras freguesias de Viana do Castelo. “O Pe. José Luís e o Pe. Moreno ajudaram muito porque, na altura, não havia Comissariado em Viana do Castelo. Estávamos agregados ao Comissariado de Braga”, explicou Lurdes Peixoto, efetiva colaboradora e antiga chefe de Companhia, recordando: “Tiveram de vir chefes de Braga ensinar as coisas e, muitas vezes, íamos lá. Mais tarde é que surgiu o Comissariado em Viana, tornando-se uma Região distinta.”
Fátima Peixoto é chefe do ramo Avezinha, que compreende idades entre os seis e os dez anos. “Aceitamos todas as religiões”, referiu, contando que têm raparigas que não são católicas. “Temos de dar oportunidade de elas viverem a sua fé, independentemente da que seja. E, por isso, em todas as nossas atividades, temos um momento espiritual. Uns vão à Missa e outros vivem esse momento espiritual de acordo com a sua fé”, exemplificou, acrescentando: “No entanto, fazemos muitas atividades na Paróquia porque a maioria é católica; por isso, estamos integradas aqui e participamos nas atividades da Paróquia”.
Os outros ramos são Aventura (dos 10 aos 14 anos), Caravela (dos 14 aos 17 anos) e Moinho (dos 17 aos 21 anos). A partir dos 21, são dirigentes. “Somos cerca de 60 elementos efetivos e temos ainda as efetivas colaboradoras que, apesar de não estar no ativo, nos apoiam muito”, adiantou Carina Freixo, assegurando que, ao longo dos anos, têm mantido o mesmo efetivo. “Quando nos separámos dos Escuteiros, perdemos algumas raparigas, mas conseguimos crescer”, salientou Fátima Peixoto, frisando ainda que o número de dirigentes é “suficiente” face à realidade da Companhia.
Em 2022, a Companhia ganhou um novo espaço. Os ramos continuam a ter os seus espaços no Salão Paroquial, mas a sede geral é no novo Centro Cívico. “Era uma das nossas maiores necessidades, porque não tínhamos como reunir a direção. Os ramos podem cá vir, mas continuam com os seus cantos no salão”, especificou a dirigente das Avezinhas.
E, em 2024, a Companhia vai celebrar o 50º aniversário. “Estamos a preparar um programa. Iniciamos as comemorações na Abertura e vamos terminar com o acampamento nacional”, adiantou Carina Freixo. “O dia 14 de julho calha num Domingo e, por isso, vamos aproveitar o fim-de-semana para fazer a grande festa. No entanto, em todas as nossas atividades, vamos ter um momento dedicado ao aniversário”, explicou Fátima Peixoto, especificando: “O sábado será dedicado à comunidade e, no Domingo, faremos uma cerimónia oficial com as entidades civis.”
As expectativas das três Guias é que os próximos 50 anos sejam “bons”. “Queremos que a Companhia se mantenha. Estamos a trabalhar nesse sentido, mas reconhecemos que não é fácil, principalmente, devido à diminuição do número de crianças”, confidenciou Fátima Peixoto.
Já no que diz respeito ao plano atual de atividades, estão incluídas as atividades por ramos e Companhia, e as atividades regionais e nacionais. “Fazemos o acantonamento de Natal, o acampamento de Páscoa ao ar livre, e os acampamentos de verão”, especificou.
A Companhia é uma associação sem fins lucrativos e, por isso, promove algumas iniciativas que incluem, por exemplo, a noite de francesinhas e o festival de sopas. “São iniciativas em que a comunidade é convidada a participar e o feedback é muito positivo. Ela participa e é solidária”, garantiu Carina Freixo, acrescentando: “Temos ainda a venda do nosso jornal “Trevo” e temos vendas de porta a porta de crachás, bolos e etc.”
A chefe de Companhia frisou ainda que “é uma mais valia pertencer a um movimento que vive para o serviço aos outros”. “É voluntariado. Damos o nosso tempo aos outros”, concluiu.
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