A construção do novo mercado municipal de Viana do Castelo não será condicionada pelos vestígios arqueológicos do antigo convento de São Bento, encontrados durante escavações no terreno onde se situava o prédio Coutinho. A garantia foi dada esta pelo presidente da Câmara, Luís Nobre, no final da última reunião do atual mandato autárquico.
“Para já, não há nada que implique com a dinâmica da obra, porque há tarefas que vão continuar em paralelo com o trabalho de arqueologia, em absoluta articulação com a CCDRN [Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte]”, afirmou o autarca, apontando como exemplo “a instalação de infraestruturas ou reconstrução das existentes, ao nível da rede de água, entre outras”.
Segundo Luís Nobre, a descoberta dos vestígios, localizada na área onde funcionava o parque de estacionamento traseiro do edifício desconstruído em 2022, já era esperada, dado o enquadramento histórico da zona. “Sabíamos que existiam vestígios e que seria necessário escavar. Agora, esses vestígios estão a ser analisados”, explicou.
O autarca referiu que está em curso a fase de registo dos achados, estando a ser feito o seu tratamento digital e físico pelos serviços de arqueologia municipais e pela CCDRN. “Vão tomar decisões sobre o que foi feito e começar a definir uma estratégia relativamente ao que vai acontecer no futuro. Se há ou não necessidade de proteger, se há que apenas registar e voltar a cobrir”, esclareceu.
c/Lusa
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