Verão e Seguros: Está Preparado Para um Imprevisto?

Com o verão à porta, multiplicam-se as viagens, as casas vazias e as deslocações longas em estrada. É a época dos reencontros e dos momentos em família — mas também dos imprevistos que ninguém quer prever. Roubo em residência, acidente de viação, danos por intempéries ou até quedas em piscinas: todos os anos surgem relatos de férias interrompidas por situações inesperadas. E quando algo corre mal, surge a pergunta: o meu seguro cobre isto?

A resposta nem sempre é simples. Muitos contratos de seguro contêm cláusulas pouco claras, exclusões sazonais ou limitações específicas que só descobrimos… quando já é tarde demais. Um exemplo típico é o furto numa casa de férias: se a apólice apenas cobre a habitação permanente, pode não haver indemnização. O mesmo se aplica a acidentes de viação, quando o condutor não consta como autorizado ou se a viatura está fora de revisão.

Em caso de sinistro, é essencial agir com rapidez e precisão: comunicar à seguradora nos prazos legais, guardar provas (fotografias, testemunhos, documentos), e sobretudo não admitir responsabilidade sem apoio jurídico. Já acompanhámos casos em que uma declaração mal interpretada levou à recusa de indemnização — ou mesmo à abertura de litígio. Nestas situações, o apoio de um advogado contra a seguradora pode fazer toda a diferença, sobretudo quando os montantes envolvidos são elevados ou há dúvidas sobre a interpretação contratual.

Também no alojamento local (AL) ou em arrendamentos sazonais, é essencial rever as coberturas do seguro de habitação. Quem organiza festas ou recebe hóspedes deve estar especialmente atento: a responsabilidade civil pode ser acionada por terceiros em caso de acidente — mesmo que o lesado não esteja a residir na habitação. As consequências legais podem prolongar-se muito para além da época de verão.

A nossa recomendação? Antes de fazer as malas, reveja o que assinou. Conhecer as exclusões do contrato é tão importante quanto saber as coberturas. Um verão seguro começa com informação clara, escolhas conscientes — e, se necessário, orientação profissional.

Na QUOR, acreditamos que o direito à tranquilidade também se protege com prevenção.

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