Acabo de abrir, esta manhã, a minha caixa de correio eletrónico e vejo, em suporte escrito, aquilo que ontem ouvi da boca do autor: o nosso Bispo, na Assembleia do Clero, que teve lugar na Senhora da Boa Morte, em Correlhã, Arciprestado de Ponte de Lima.
Não vou debruçar-me sobre o conteúdo; isso fica para meditação e oração pessoal. Vou, isso sim, falar um bocadinho sobre o meu ponto de vista, esclarecer algo que disse e que foi mal interpretado. Primeiro, tudo o que mando e é oportuno para o jornal Notícias de Viana é publicado. Aliás mando com a liberdade de o diretor publicar ou fazer “delete” (“apagar, excluir”) ao suporte em que é enviado.
Há coisas escritas em arquivo, mas que são pessoais, para o jornal que dirijo há mais de cinquenta anos e se chama União de Coura.
Como tenho, para além das notícias que os colaboradores mandam, de fazer eu tudo, existem, para além do editorial, vários artigos em arquivo que vou engrossando, quando a oportunidade ou a veia se acha produtora. Era a isto que me referia.
Também não fui entendido, pelos ecos que ouvi no local, sobre a Casa do Padre Zé, que Deus tem. Não se tratava da residência que ele ocupava, mas sim da casa que é agora, ou já era, pertença da irmã, e que cedia a um grupo de sacerdotes para aí se reunirem, conviverem e rezarem. Agora que a dona reside aí, Mons. Moreno cedeu-nos a sua casa em Vila Mou para tal fim. O grupo não é fechado. Todos têm lugar. São sempre bem-vindos!
Agora, o meu ponto de vista sobre a Assembleia: fiquei feliz por rever, agora já com menos medo da pandemia, o maior número de colegas em eventos deste género.
Falou o Vigário do Clero do próximo retiro.
Eu estive em Roriz no mais recente, organizado pela Diocese de Braga, no último verão. Escrevi sobre isso neste jornal com o título “A minha novena de S. Bento”, porque ocorreu na novena do Santo de Núrsia. Gostei do acolhimento, do local, tudo o que materialmente envolve o retiro e aconselho: participem!
Este ano pastoral vou em janeiro; já marquei na agenda para o nosso, em Darque. Gosto disto uma vez por ano, ao menos.
Na Assembleia, tocou-me o testemunho do Pe. Adelino Araújo, que conheço e de quem sou amigo do peito desde há muitos anos, porque, além de o conhecer desde menino, foi Pároco estimado da minha aldeia, era visita assídua nos almoços de festa na casa da minha irmã Lena, estava presente nos momentos de luto que me atingiram, e corri muitas partes do mundo integrando-se ele no grupo de participantes em várias viagens organizadas por mim. Na Assembleia, segredou-me ter saudades desse tempo e de sempre, mesmo nessas paragens, concelebrarmos a Eucaristia diariamente – linguagem de um santo a um que gostaria de o ser.
O seu entusiamo ao gritar que a reforma tem de sair do norte para o sul, o seu grito aos noventa e tais, deram-me coragem, força e alegria.
Dou os parabéns à Confraria da Boa Morte pelo belíssimo salão polivalente que lá tem, e aviso os noivos e autores de outras iniciativas que está ali um local com um salão com visões atuais e de futuro. Uma Paróquia que ainda luta pela herança negativa da construção de uma igreja e estar já com esta iniciativa concluída, é digno de louvor. Um abraço de parabéns ao Pe. José Vilar, Pároco da Correlhã.
Vim a meditar nas vocações, até porque almocei na mesa dos nossos finalistas, que vão ser ordenados Diáconos no próximo Domingo.
Aquilo que li na última edição deste jornal mostra um trabalho preocupado da equipa vocacional.
O que se escreveu em entrevista, neste jornal, às senhoras que, na Casa Paroquial ou na igreja, apoiam ou apoiaram os sacerdotes, tocou-me profundamente. Bem hajam.
Da Sãozinha, irmã de Mons. João, fui testemunha, num dia chuvoso, tendo que almoçar na Casa Sacerdotal de Arcos de Valdevez, em viagem de Padroso para Vila Chã, na Senhora da Paz, tendo o Pe. José Domingos, ao tempo Pároco de Padroso e agora Reitor do Seminário, ficado para trás e chegado já tarde ao almoço, a preocupação, o cuidado, o medo que viesse molhado. Não se disse tudo de alguém que cuidava não só do irmão mas da comunidade, como uma mãe.
Deus lhe pague Sãozinha; o meu beijo de admiração e agradecimento, extensivo às outras entrevistadas e a tantas irmãs, empregadas, mulheres-a-dias, voluntárias, que, como a Marta do Evangelho, cuidam dos nossos sacerdotes.
É o meu ponto de vista, para não me alongar mais.
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