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Menos incêndios em 2024, mas 2025 já supera 10 mil hectares ardidos até julho

Portugal registou, em 2024, o menor número de incêndios desde que há registos, segundo o Relatório de Atividades do Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais (SGIFR). No entanto, o Alto Minho mantém-se como uma das regiões mais vulneráveis, devido à gestão florestal e ao comportamento humano.

Micaela Barbosa
9 Set. 2025 3 mins

Em 2024, o país alcançou uma redução de 17% no número de incêndios rurais face ao ano anterior, com 6.255 ocorrências registadas, menos 1.268 que em 2023. Esta tendência de descida, que se mantém desde 2018, representa uma queda de 63% face à média entre 2001 e 2017.

A nível regional, o norte do país concentrou 57% das ocorrências e 48% da área ardida (65.457 hectares), com o Alto Minho a integrar o grupo de territórios mais vulneráveis, onde a vegetação densa e a fragmentação fundiária dificultam a prevenção e a resposta.

De acordo com o SGIFR, os incêndios no norte foram, sobretudo, alimentados por carga combustível acumulada em zonas onde não houve intervenção pós-fogo ou após exploração florestal, uma realidade visível em áreas como Gerês, Serra d’Arga e vales do Lima e do Coura. “O Alto Minho é particularmente exposto a incêndios severos em condições meteorológicas extremas, como as que se verificaram em setembro”, refere o documento.

Setembro concentrou 92% da área ardida do ano, com 137.651 hectares devastados a nível nacional, quatro vezes mais que em 2023. As regiões norte e centro foram as mais afetadas.

No distrito de Viana do Castelo, as condições meteorológicas extremas (vento seco e quente) somaram-se à elevada carga vegetal. “A ausência de uma gestão florestal ativa no pós-incêndio de 2017 e de silvicultura preventiva, permitiu a acumulação de vegetação fina e arbustiva”, pode ler-se no relatório.

Além das perdas ambientais, 2024 ficou marcado por 16 vítimas mortais, entre operacionais e civis, e perdas económicas estimadas em 67 milhões de euros. A floresta de pinheiro-bravo, predominante no Alto Minho, foi a mais afetada, representando quase metade dos prejuízos.

O relatório indica,

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