O PS apresentou a lista de candidatos e o seu Manifesto Eleitoral para Viana do Castelo, com o objetivo de “vencer as eleições no Alto Minho e reconquistar o sexto deputado” perdido nas legislativas de 2024, o que, segundo a cabeça-de-lista Marina Gonçalves, refletiria “um aumento da população e a prosperidade” do território.
Apesar de considerarem que “o ano de 2024 ficou aquém das expectativas” devido aos atrasos nos investimentos em áreas essenciais como saúde, habitação, educação, pescas e agricultura, os deputados à Assembleia da República, Marina Gonçalves e José Maria Costa, fizeram um balanço da legislatura e destacaram a eliminação do pórtico de Neiva na A28, reduzindo o custo da mobilidade para as empresas e para as famílias, e o aumento das pensões dos idosos, “apesar de PSD e CDS votarem contra”.
Além disso, ressaltaram a aprovação da desagregação de freguesias respeitando a vontade das populações, a valorização e a proteção dos baldios, o avanço nas dragagens e na reconfiguração do Porto de Mar de Vila Praia de Âncora, a valorização de direitos e regalias dos bombeiros, bem como a redução do IVA da eletricidade e do IRS, aliviando a carga fiscal sobre as famílias, como algumas das medidas alcançadas que contribuíram, de forma concreta, para o desenvolvimento e a valorização do Alto Minho.
Para os próximos quatro anos, o PS apresentou dez “grandes prioridades” para o Alto Minho: promover uma saúde de proximidade e requalificar e modernizar os hospitais; desenvolver projetos de renda acessível para classe média e jovens famílias; investir na escola pública, na valorização dos seus profissionais, e no reforço das respostas no âmbito das necessidades especiais; melhorar as acessibilidades e promover o transporte público com novos horários, ligações e planos de transporte partilhado e com um passe rodoviário único; reforçar os apoios à 1ª infância, ampliando a rede de creches e aumentando o abono de família, e valorizar as pensões e a autonomia dos idosos; melhorar as condições dos tribunais do Alto Minho e avaliar a criação de um Tribunal Administrativo e Fiscal no distrito; apoiar o tecido empresarial e comercial do distrito e priorizar a economia do mar, desenvolvendo a zona portuária de Viana do Castelo e concretizando a reconfiguração do Porto de Mar de vila Praia de âncora; aprofundar as relações transfronteiriças e reforçar as potencialidades do rio Minho, através do seu desassoreamento e da promoção de uma travessia por ferryboat elétrico; apoiar os clubes e as associações desportivas e culturais e a requalificação das suas infraestruturas, bem como pugnar por um Centro Intermunicipal de Desporto Adaptado; valorizar a agricultura sustentável com o Plano Nacional de Regadios e o investimento nas áreas de baldio, e simplificar e alargar os apoios aos pequenos agricultores.
No encontro, Marina Gonçalves criticou a indisponibilidade do cabeça-de-lista da AD pelo círculo eleitoral de Viana do Castelo, Aguiar-Branco, para participar em debates, como havia sucedido nas anteriores eleições. “No ano passado, esteve presente nos debates televisivos nacionais e no Observador. Nos debates locais, já não compareceu. Este ano, temos uma inovação maior: o Presidente da Assembleia da República pode, nos congressos do PSD, criticar fortemente o secretário-geral do PS e falar com os jornalistas, mas recusa-se a debater com os restantes candidatos”, afirmou.
A candidata do PS considera esta postura “difícil de compreender”, especialmente tratando-se de um cabeça-de-lista pelo Alto Minho. “Não estamos nas listas apenas para ocupar um lugar. Acreditamos num projeto capaz de melhorar a vida da população do Alto Minho. Se acredito nesse projeto, tenho de saber debatê-lo e defendê-lo. Se, ainda antes de ser eleito, rejeito qualquer debate ou esclarecimento, então não estou em condições de representar esta candidatura”, defendeu, concluindo que esta atitude “prejudica o Alto Minho e desvaloriza o território”.
LISTA DE CANDIDATOS DO PS PELO ALTO MINHO:
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