O Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC) assinou o auto de consignação da obra de requalificação da residência de estudantes da Escola Superior de Educação (ESE-IPVC). A intervenção representa um investimento de mais de 990 mil euros, com IVA incluído, e insere-se num plano estratégico da instituição que prevê duplicar a capacidade de alojamento até ao ano letivo 2026/27.
O presidente do IPVC, Carlos Rodrigues, sublinhou que esta é a primeira grande intervenção na residência desde a sua inauguração, em 2001, e que a prioridade é “garantir melhores condições sem comprometer o número de camas disponíveis”. “Não vamos aumentar, nem diminuir o número de camas que oferecemos, mas vamos melhorar substancialmente as condições de habitabilidade”, afirmou, acrescentando que o edifício “tem cerca de 25 anos e não tem, por exemplo, acesso aos pisos superiores para pessoas com mobilidade reduzida”. Essa limitação será colmatada com a instalação de um novo elevador.
A obra arrancará nos próximos dias, com trabalhos no exterior, e a intervenção no interior está prevista para outubro, após a desocupação temporária da residência. “A gestão da ocupação dos estudantes já foi feita, e temos soluções transitórias asseguradas”, garantiu.
O alojamento temporário está assegurado durante o período letivo, através de protocolos estabelecidos com Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) e outras instituições locais, bem como da utilização do antigo edifício do BC9. “Temos gerido esta transição com muito cuidado. Por isso é que a intervenção no interior só começa em outubro. Até lá, os estudantes ficarão realojados temporariamente. É importante garantir que ninguém fica sem alojamento e que o ano letivo decorra com normalidade”, salientou o responsável.
O projeto tem assinatura da arquiteta Carina Quintas Viana e fiscalização da empresa Alexandre Simões Gonçalves & Fernandes – Engenharia, Fiscalização e Consultadoria. A conclusão da obra está prevista antes do final do próximo ano letivo.
Para o diretor-geral da LSM, Fernando Vieira, trata-se de um projeto “exigente e estruturante para a comunidade estudantil”. “Trabalhamos com uma equipa técnica vasta e especializada em reabilitação. Este tipo de obra é a nossa essência: preservar, adaptar e valorizar edifícios com história e função social”, referiu.
A requalificação da residência da ESE-IPVC integra um plano mais amplo de alojamento com intervenções em em Valença (56 camas), Melgaço (38), Arcos de Valdevez (15) e na antiga escola primária do Prado (21). A estas somam-se obras no Centro Académico de Viana do Castelo (132 camas), na residência da ESA-IPVC (141 camas) e a construção de uma nova residência na Escola Superior de Tecnologia e Gestão, com 400 camas.
Além disso, a instituição tem protocolos ativos com diversas entidades que asseguram, no imediato, mais 115 camas, distribuídas entre a Pousada da Juventude, a Viana Guest House, a Residência Pastoral Universitária do Carmo e a Residência C. P. de Santa Maria Maior.
Com todas estas soluções, o IPVC prevê atingir cerca de mil camas disponíveis no início do ano letivo 2026/27, “tornando-se uma das instituições de ensino superior com maior número de camas por estudante a nível nacional”.
Notícias atuais e relevantes que definem a atualidade e a nossa sociedade.
Espaço de opinião para reflexões e debates que exploram análises e pontos de vista variados.
