A propósito do Tempo Pascal, D. João Lavrador visitou a Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM). Na celebração, que decorreu na capela do hospital, afirmou que os profissionais de saúde são “sinal de esperança” no meio da fragilidade humana.
Dirigindo-se ao hospital como “casa de todos”, o Bispo diocesano lembrou que cada um é “parte integrante da comunidade e da sociedade”. “Nesta semana, Jesus convida-nos a viver a Sua entrega livre, que se manifesta no amor gratuito”, começou por referir, salientando que “todos são necessitados da Sua salvação”. “A palavra de Deus ilumina-nos até ao mais íntimo do que somos. E esta luz é essencial para compreendermos o valor da vida, da entrega e da missão que cada pessoa é chamada a cumprir”, afirmou.
D. João Lavrador reforçou que a Páscoa não é, apenas, um tempo litúrgico, mas um apelo concreto de Deus à vida com uma vocação e uma missão, defendendo que “todos deviam ser luz uns para os outros, porque só assim dão sentido à sua existência”. “Para Deus, não há o problema do tempo e do espaço. Para Deus, toda a Humanidade vive no Seu coração e no Seu pensamento”, assegurou, frisando que “a maior dignidade do ser humano é ser chamado”.
O prelado abordou, ainda, o sentido da vulnerabilidade, reconhecendo que é “na fraqueza que se é forte”. “Onde está a fortaleza do amor? O amor expressa-se na aparente vulnerabilidade material e, por isso, todo aquele que aposta no amor e se deixa invadir pelo amor reconhece que a sua fraqueza se transforma em esperança”, disse, sublinhando: “O que nos faz caminhar? A confiança que, aparentemente, é anónima. Um impulso interior que não é mais que um apelo de Deus que caminha comigo e que Se manifesta na minha fragilidade.”
Por fim, incentivou todos os profissionais a permanecerem fiéis à sua missão. “Sois intermediários de uma vida nova”.
Antes da celebração, visitou a Unidade de Cuidados Intermédios Polivalente (UCIP) que integra uma equipa de 74 profissionais, desde médicos, enfermeiros e auxiliares. “É um serviço que está na linha entre o desespero e a angústia e a esperança que podemos ser para os nossos doentes”, disse o diretor do Serviço de Medicina Intensiva, José Miguel Sá, salientado a importância do seu papel na criação de laços e na promoção de empatia. “Somos ciência. Somos saber fazer, mas também somos o saber cuidar”, afirmou.
Durante a visita, o Conselho de Administração da ULSAM apresentou os dados da atividade clínica de 2023/2024. Num só dia, registam-se, em média, 7.622 consultas médicas e de enfermagem nos cuidados de saúde primários, 301 visitas domiciliárias médicas e de enfermagem nos cuidados de saúde primários, 1.561 consultas médicas e de enfermagem (consulta externa), 110 sessões em hospital de dia, 42 cirurgias em ambulatório, 16 cirurgias em convencional, 6 cirurgias urgentes, 295 atendimentos no serviço de urgência médico cirúrgico, 171 atendimentos no serviço de urgência básica, 49 doentes saídos, 4 partos, 10.825 exames realizados internamente, 4 ativações VMER – Viatura Médica de Emergência e Reanimação, 30 internamentos, e 462 administrações de vacinas.
Em 2024, a ULSAM contava com 3.083 profissionais de saúde, não incluindo os prestadores de serviços.
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