Conclusão da nova ponte em Viana do Castelo adiada para junho de 2026. CDS vota contra e CDU abstém-se

A Câmara Municipal de Viana do Castelo aprovou a prorrogação por mais 47 dias da construção da nova ponte sobre o rio Lima, adiando a conclusão da empreitada para 27 de junho de 2026. A proposta foi aprovada com os votos favoráveis do PS, do PSD e do vereador independente. O CDS votou contra, alegando falta de acesso atempado à documentação, e a CDU optou pela abstenção.

Notícias de Viana
7 Ago. 2025 2 mins

Na apresentação da proposta, o presidente da Câmara, Luís Nobre (PS), explicou que o atraso se deveu a trabalhos solicitados ao empreiteiro pela Direção-Geral do Património Cultural (DGPC), o que implicará um custo adicional ao valor da empreitada e uma alteração ao plano de obra.

Segundo o autarca, o novo plano mantém a conclusão da obra dentro dos prazos necessários para cumprir o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

Na declaração de voto, o CDS criticou o que considera ter sido uma entrega tardia de documentos fundamentais. Ilda Novo explicou que, embora o pedido de documentos tenha sido feito na segunda-feira 4 de agosto, estes só foram enviados no final da tarde de terça-feira, e para um endereço de email alternativo. Só à uma e vinte da madrugada o emissor se deu conta da incorreção do envio, o que impossibilitou, segundo o CDS, uma análise atempada. “Não foi possível tomar o devido conhecimento do seu conteúdo”, afirmou a vereadora, considerando que não estavam reunidas as condições para um voto informado.

A travessia terá cerca de 1,95 quilómetros e ligará a EN 203, em Deocriste, à EN 202, em Nogueira. A obra foi consignada em dezembro de 2024, e com o novo calendário, deverá prolongar-se até junho de 2026, totalizando 557 dias.

A proposta aprovada refere que este novo plano “corresponde, assim, a uma prorrogação de 47 dias do prazo contratualmente estabelecido para execução”.

De acordo com o relatório técnico, o empreiteiro só recebeu uma aprovação essencial da DGPC a 20 de janeiro de 2025, o que adiou o início do aterro provisório para o final desse mês. Estes atrasos “alteraram substancialmente a abordagem à execução da empreitada”, lê-se no documento, impedindo o normal desenvolvimento dos trabalhos.

O custo global é, atualmente, estimado em 19,5 milhões de euros.

c/Lusa

Tags Política

Em Destaque

Notícias atuais e relevantes que definem a atualidade e a nossa sociedade.

Opinião

Espaço de opinião para reflexões e debates que exploram análises e pontos de vista variados.

Explore outras categorias