A par do novo projeto na área da saúde mental, a Casa do Povo de Lanhelas continua a lutar pela sustentabilidade das respostas sociais que mantém, nomeadamente uma creche e uma unidade pré-escolar, que acolhem atualmente 65 crianças.
Tomás Antunes, presidente da direção desde 2022, não esconde as dificuldades, assumindo que “gerir uma Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) é cada vez mais complexo”. “O sector social está a atravessar um momento muito difícil”, considera, argumentando: “Os acordos de cooperação não são atualizados há mais de 10 anos, enquanto os salários e a despesa geral aumentaram exponencialmente.”
A instituição sobrevive graças a uma gestão “rigorosa” e ao apoio de parceiros como o Banco Alimentar, a Entreajuda, o comércio local, e donativos particulares. No entanto, a pressão é constante. “Somos a única creche a norte de Caminha e a sul de Vila Nova de Cerveira. Abrangemos uma vasta área geográfica e os apoios simplesmente não refletem essa realidade”, denuncia, defendendo que “o Estado devia olhar para as instituições não como subalternos, mas como parceiros”. “A balança não está equilibrada, pois, para cobrir o serviço, são exigidos rácios específicos, além de uma série de normas e exigências, tanto a nível edificado, como pedagógico. Mas não só; existe uma panóplia enorme de exig
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