Os meses de julho e agosto facilitam a todos, jovens, crianças e adultos um período menos stressante e mais ameno. Este tempo de verão é para todos os que podem um lapso saudável para o bem e para a tranquilidade. Importa que todos facilitemos a todos estas semanas da pausa nos trabalhos quotidianos e nas proezas das lides de todos os dias. Estes dias não são para ficarmos mais cansados, mas para resfriar canseiras, refrescar opções e retemperar posições que no trabalho habitual vão empoeirando projetos e itinerários.
As férias são excelentes para se visitar calmamente lugares e sítios sonhados neste mundo global, para admirar como as gentes vão impondo os sonhos que por vezes acalentamos, mas não conseguimos fazer avançar, para entender o que significa a diferença que nos anima, para criar estratégias novas, para apoiar aqueles que tantas vezes labutam sem cessar, também para nós. Nas férias abrimos as janelas da diferença e do convívio.
O tempo vai passando e até nos podemos distrair numa leitura agradável de livros que vamos amontoando em cima de algumas mesas lá em casa ou até na sacola. Podemos assim abrir-nos a outros horizontes: é o caso do médico nipónico SOSUKE NATSUKAWA que nos facilita uma cultura diferente no seu bestseller O gato que Salvava Livros, publicado na editora presença que este ano nos presenteia com esta maravilhosa narrativa romanceada. É também o caso da volumosa autobiografia do argentino PAPA FRANCISCO que a editora nascente nos facilita, dando tantos pormenores de uma história que se passou com a nossa e oferecendo dicas magistrais numa saga que cruza Emigração e Esperança. Básico para o diálogo social que hoje vamos entabulando. Membranas, da mesma editora presença que nos brinda com uma ficção muito ao jeito do seu autor, CHI TA-WEI, e que se lê em poucas dias. Narrativas pedagógicas cheias de sonhos e prenhes de futuro.
Um curto telefonema basta e tudo está pronto para umas horas alegres e francamente prometedoras: arriscamos uma visita simples que vivifica mutuamente e adocica tanta solidão não merecida; damos sabor a horas dolorosas, angustiantes e doentias, fazendo viver mais alguns anos quem é visitado, damos vida a quem parecia melancólico. Somos mensageiros de um tempo novo e levamos alegria e bem estar a quem parecia extinguir-se.
É ternurento observar e dar fôlego a tantas brincadeiras de gaiatos e de adultos, nas praias, nas praças ou nos passeios pelos bosques, esgravatando uma história de cruzamentos geracionais, cimentando relações ambientais carregadas de riqueza no presente e possibilitando novas formas de convivência num mundo altamente atrofiado por sistemas virtuais geradores de solidões camufladas. As famílias inventam brinquedos, passatempos, bebidas e farnéis, encontrando espaços sadios de interajuda e de paleio que durante o ano ficam entregues a instituições que inventam novidades.
Tudo isto é sadio, reelaborando socialidades. Tudo isto promove a felicidade.
Notícias atuais e relevantes que definem a atualidade e a nossa sociedade.
Espaço de opinião para reflexões e debates que exploram análises e pontos de vista variados.