O Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial (AECT) Rio Minho quer que assoreamento, espécies invasoras e gestão das barragens entrem na agenda da próxima Cimeira Ibérica, marcada para 5 de novembro.
Em comunicado, o AECT destaca que o assoreamento do rio está a comprometer a navegabilidade, a segurança e a atividade piscatória no troço internacional do Minho, alertando ainda para os impactos na capacidade de resposta a operações de resgate e socorro. “O nosso papel é dar força à voz das comunidades ribeirinhas”, sublinhou José Manuel Carpinteira, diretor do AECT e presidente da Câmara de Valença.
Além do assoreamento, o agrupamento aponta a proliferação de espécies exóticas invasoras, tanto de fauna como de flora, como uma das maiores ameaças à biodiversidade e às atividades económicas ligadas ao rio, em particular à pesca artesanal.
Segundo o comunicado, as alterações climáticas têm agravado este problema, afetando o equilíbrio ecológico do rio e pondo em risco a sustentabilidade do território.
O AECT Rio Minho manifestou ainda preocupação com a gestão das centrais hidroelétricas em território espanhol, nomeadamente a barragem da Frieira, que tem provocado variações bruscas no caudal do rio.
Apesar dos valores médios de caudal estarem dentro dos limites estabelecidos entre os dois países, essas oscilações repentinas impactam diretamente os ciclos reprodutivos das espécies migradoras, o abastecimento de água e as pesqueiras tradicionais.
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