O novo sistema de transportes urbanos de Viana do Castelo arrancou a 23 de setembro, com 11 autocarros elétricos em operação e viagens gratuitas durante um período transitório. Segundo o presidente da Câmara Municipal, Luís Nobre, a gratuitidade será mantida até à conclusão do processo de implementação da bilhética digital e aprovação do tarifário, estimando-se que o processo dure cerca de dois meses.
“O tarifário está definido, mas falta a fundamentação económica. Depois disso, terá de ir a reunião de Câmara, depois a discussão pública e à Assembleia Municipal. Por isso falo em dois meses”, afirmou o autarca, numa conferência de imprensa realizada uma semana após o arranque do novo serviço, que serviu como balanço da fase inicial.
O sistema, denominado TuViana, prevê uma frota de 17 autocarros elétricos, três dos quais ficarão em reserva para eventuais substituições. A operação foi iniciada com os veículos já disponíveis e motoristas contratados para assegurar o funcionamento em dois turnos, sete dias por semana. “Conseguimos, com todas as virtudes, num processo que tem a sua complexidade, em que nós não tínhamos experiência”, reconheceu, sublinhando que o Município assumiu a gestão direta do serviço com o objetivo de garantir maior proximidade e capacidade de resposta.
Durante a primeira semana de operação, foram feitos ajustes nos horários e percursos, sobretudo no transporte escolar, devido a alterações de última hora nos horários dos agrupamentos escolares. “Todos os anos letivos há necessidade de ajustamentos. A vantagem de estarmos a gerir o serviço é que conseguimos interagir e corrigir rapidamente”, esclareceu.
O novo sistema cobre, para já, a área urbana e algumas freguesias limítrofes, com um total de 11 linhas em funcionamento, que deverão aumentar para 15 com a expansão prevista para zonas industriais, incluindo São Romão.
O município também anunciou a intenção de avançar, futuramente, para um “segundo anel”, que abrangerá freguesias mais afastadas, como Cardielos, Vila Fria e Alvarães.
Apesar da gratuitidade inicial, o serviço será pago no futuro. O tarifário proposto prevê um passe mensal de 25 euros, valor que, segundo Luís Nobre, representa uma solução “sustentável” e acessível, quando comparado com o custo acumulado de vários títulos de transporte atualmente existentes. “Não tomo decisões populistas. A única forma de garantir a qualidade do serviço é que ele seja sustentável”, afirmou.
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