Portugal enfrenta uma situação crítica de combate a incêndios rurais. Os três aviões pesados “Canadair”, considerados essenciais no Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais, estão fora de serviço, de acordo com fonte da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.
Dois dos aparelhos operacionais foram afetados por avarias, e o terceiro, que serviria de reserva, também está inoperacional. A Força Aérea Portuguesa (FAP), responsável pelo processo de contratação dos meios aéreos de combate a incêndios florestais, indicou que cabe às empresas contratadas repor os aviões em funcionamento, estando sujeitas a penalizações contratuais pelo incumprimento.
Sobre os motivos das avarias, a FAP remeteu esclarecimentos para as empresas responsáveis.
A Avincis, empresa responsável pelos aviões “Canadair” a operar em Portugal no combate aos incêndios, disse estar a trabalhar para trazer “o mais rapidamente possível” para Portugal duas aeronaves para substituição das que estão inoperacionais.
A inoperacionalidade dos “Canadair” acontece numa altura em que Portugal se encontra em situação de alerta devido ao elevado risco de incêndio rural, com dezenas de fogos a deflagrar, sobretudo, nas regiões norte e centro do país.
De acordo com dados provisórios do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, já arderam, este ano, 59.597 hectares em território nacional, 15.000 dos quais apenas desde Domingo. Cerca de 50% da área ardida corresponde a mato, 40% a povoamentos florestais e os restantes 10% a áreas agrícolas.
Desde 26 de julho, arderam cerca de 40.000 hectares, um sinal claro da pressão crescente sobre os meios de combate, numa altura em que o país continua em alerta e sem acesso a alguns dos principais meios aéreos pesados.
c/ Lusa
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