A procura por casas para arrendar no distrito de Viana do Castelo registou uma quebra acentuada no segundo trimestre de 2025. Segundo dados divulgados pelo Idealista, cada anúncio publicado na região recebeu, em média, 12 contactos antes de ser retirado, menos 39% face ao mesmo período do ano passado, quando a média era de 20 contactos.
A tendência não é exclusiva de Viana do Castelo. A nível nacional, o número médio de famílias interessadas em casa arrendada caiu 45% em relação ao segundo trimestre de 2024, de 32 para 17 contactos por anúncio. Esta descida acontece enquanto as rendas subiram 3,5%, no mesmo período.
O porta-voz do Idealista, Ruben Marques, sublinha que a diminuição do número de contactos “não reflete, necessariamente, uma quebra no interesse das famílias, mas sim um acréscimo na disponibilidade de imóveis para arrendar”. No entanto, alerta que “os valores praticados se mantêm altos, e que permanecem inacessíveis para grande parte da população portuguesa”.
Entre as capitais de distrito, Coimbra registou a maior queda de procura (-73%), seguida de Porto (-62%), Viseu (-56%), Bragança (-51%) e Lisboa (-49%). Viana do Castelo surge, na lista, com uma quebra de 33% na capital, e de 39% no distrito.
Contudo, há exceções. Guarda foi a capital de distrito com a maior subida no número de contactos por anúncio (+40%), seguida de Funchal (+7%). No distrito de Portalegre, a procura também aumentou 24%.
No segundo trimestre de 2025, Portalegre (53 contactos por anúncio), Faro (33) e Évora (32) lideraram a lista das capitais de distrito mais procuradas para arrendamento. No extremo oposto, Coimbra (7) e Porto (8) registaram a procura mais baixa.
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