O incêndio que deflagrou na noite de sábado na freguesia de Parada, Lindoso, em Ponte da Barca, continua ativo e aproxima-se de Ermida e de Lourido, no Parque Nacional da Peneda-Gerês. Na manhã de segunda-feira, dia 28 de julho, pelas 9h35, as chamas estavam a ser combatidas por 235 operacionais, 77 meios terrestres e sete meios aéreos.
Perante a gravidade da situação, a Câmara Municipal de Ponte da Barca acionou, às 0h00 de segunda-feira (28 de julho), o Plano Municipal de Emergência e Proteção Civil (PMEPC), “devido à ocorrência de incêndios no concelho”, anunciou o município nas redes sociais.
Com a ativação do plano, todos os cidadãos e entidades privadas estão obrigados, de acordo com a legislação nacional, a colaborar com as autoridades de proteção civil, sendo que a recusa constitui crime de desobediência.
Segundo o Comando Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil do Alto Minho, o incêndio tem, atualmente, duas frentes ativas, e continua a ameaçar as povoações de Ermida e de Froufe, que “estão na linha de fogo e são preocupantes”, mas onde “já estão posicionados meios de proteção”.
O comandante Marco Domingues referiu que “as duas frentes ativas lavram em zonas inacessíveis” e que o combate tem sido dificultado por “vento forte, orografia e inacessibilidades”. “Temos recorrido a uma estratégia de combate apeado, com combinação de meios aéreos”, explicou.
Sobre a evolução do incêndio, o responsável adiantou que, “para já, não há previsão para o fogo ficar dominado, face às condições meteorológicas que tendem a ser complexas”.
De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), todos os concelhos do distrito de Viana do Castelo estão, esta segunda-feira, em risco muito elevado de incêndio rural.
Além disso, encontram-se em risco máximo todos os concelhos dos distritos de Bragança e Guarda, a maioria dos concelhos de Castelo Branco, e diversos concelhos de Coimbra, Santarém e Portalegre. No Algarve, os concelhos de Lagos, Portimão, Monchique, Silves, Loulé, São Brás de Alportel e Tavira enfrentam, também, risco máximo.
Face ao agravamento do risco de incêndio, a GNR reforçou o patrulhamento em todo o território continental a partir de 23 de julho, com foco especial na prevenção de ignições.
A vigilância está a ser intensificada nas zonas de risco elevado, muito elevado e máximo, com o envolvimento das valências de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA), Territorial e Investigação Criminal.
Durante o período crítico, estão proibidas atividades como:
Entre 1 de janeiro e 21 de julho, a GNR realizou 28.699 patrulhas de vigilância, que resultaram em 29 detenções por incêndio florestal e 458 suspeitos identificados.
A Linha SOS Ambiente e Território (808 200 520) está disponível 24 horas por dia para denúncias ou esclarecimentos.
c/Lusa
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