O Bispo de Viana do Castelo, D. João Lavrador, publicou uma mensagem de Ação de Graças pela ocasião do falecimento do Papa Francisco, na qual agradece pelo serviço prestado à Igreja e sublinha o que Francisco deixa aos cristãos "num mundo que parece tão dividido e violento", ensinado "o poder da fragilidade".
“O Papa é o melhor de nós todos. Não deixa heranças. Não deixa legados. Deixa tarefas. Deixa-nos a Igreja. Deixa-nos os confins do mundo”, afirmou, sintetizando: “Obrigado Santo Padre! Obrigado pelas periferias! Obrigado pelo sorriso! Obrigado pelas vezes em que nos visitou!”
Entre os vários agradecimentos, o Bispo diocesano relembrou os ensinamentos do Papa Francisco sobre o mundo que “é uma casa comum e não um campo de batalha”, os “alertas” de que a “a cultura do bem-estar” faz todos viver “em bolhas de sabão” e que perdoar é decidir “não continuar a injetar na sociedade a energia da vingança”. “Obrigado por nos relembrar que ‘se o direito de cada um não está ordenado para o bem maior’, este acaba por se ‘tornar fonte de conflitos e violência’! Obrigado por abrir caminhos, pela Sinodalidade, pela fraternidade! Obrigado pelas vezes que nos reconciliou uns com os outros! Obrigado por nos ter pegado pela mão, por nos enviar a escutar o coração dos nossos irmãos, por falar de Jesus como um amigo! Obrigado por ‘todos, todos, todos’!”, acrescentou.
D. João Lavrador realçou ainda que, durante o pontificado, o Papa Francisco convidou “a caminhar juntos” e, nesse sentido, pediu a cada uma das comunidades que, esta terça-feira, pelas 12h, “os sinos tocassem levando até Deus as nossas orações pelo Santo Padre”. “Mas, de igual forma, queria pedir a participação de “todos, todos, todos”, para a Eucaristia que, no dia 24 de Abril, pelas 18:00, celebrarei na Sé de Viana, em oração pelo nosso querido Papa Francisco”, anunciou.
No final da mensagem, o prelado que a primeira viagem de Francisco “foi a Lampedusa, para alertar para as “rotas de morte”, e “despertar consciências” para o drama das migrações” e a última foi à “Prisão Regina Coeli, onde olhou, olhos nos olhos, para aqueles que, tantas e tantas vezes, não têm rosto”. “Entre Lampedusa e Regina Coeli, fica-nos sorrisos e lagrimas. Que elas possam ser sempre lagrimas e sorrisos pascais”, concluiu.
c/ Agência ECCLESIA
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