Com formação em psicologia, tem vindo a dedicar-se à prática clínica e à dinamização de oficinas, com interesse maior pelo funcionamento das relações humanas, particularmente no primeiro grande chão que é a família (e inclui o exercício de florescência da parentalidade).
A escrita (leia-se também leitura) é verbo metido no corpo, tendo publicado o primeiro romance em 2013, A Vida Inútil de José Homem, prémio Agustina Bessa-Luís, marcado por reflexões sobre a guerra colonial em Angola. Em 2017, é publicado o segundo, As Falsas Memórias de Manoel Luz, finalista do Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores (APE), que explora a vulnerabilidade da condição humana e o deslumbramento do homem pelo poder no cenário da revolução dos cravos. Em 2019, o conto infantil O Elefante com a Cabeça na Lua veio depois da maior andança literária: ser mãe. Em 2023, novo conto infantil, O Vendedor de Tempo, sobre a urgência de abrandarmos o andamento num mundo exageradamente apressado. O livro Na Terra dos Homens (contos) recebeu o prémio Miguel Torga (2008). Tem, ainda, contos incluídos nas coletâneas Jovens Criadores (2007), Como Desenhar o Corpo Humano (2018), Mães Que Tudo (2019), Biblioteca: Narrativas (2023) e outras publicações (a exemplo, revista Suroeste, 2021).
Suspeita (com maior certeza) de que será a poesia o fio que une o visível e o invisível que fabricam o mais íntimo da humanidade.
