O presidente da Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé, D. António Moiteiro, afirmou que a “figura de São Bartolomeu dos Mártires, e a sua importância histórica, encontram paralelo na atualidade”. “No tempo de Frei Bartolomeu existia uma grande ignorância religiosa, até em muitos pastores. São Bartolomeu é um grande exemplo de evangelizador”, considerou, recordando o santo português e destacando o seu papel na “formação, na catequese e na pregação”. “A catequese, como a temos nos últimos cinco séculos, é resultado de um trabalho fundamental do Concílio de Trento que reagiu, com formação do clero, a criação de seminários e a renovação da catequese, à ignorância da época e à reforma protestante”, sublinhou, frisando que São Bartolomeu dos Mártires é “exemplo de pastor e de catequista”. “A Igreja portuguesa ganha muito ao apresentar este exemplo para os pastores e os catequistas de hoje”, reiterou.
O Arcebispo de Braga, D. Jorge Ortiga, lembrou o papel de Frei Bartolomeu dos Mártires na “renovação da evangelização em Portugal” e a sua “atualidade para os nossos dias”. “Vejo que o testemunho de santidade de Frei Bartolomeu dos Mártires, o modo como viveu e trabalhou, pode ser hoje muito útil à Igreja. Foi um catequista nato que fazia visitas pastorais a todos os lugares, da sua grande diocese, e chegou mesmo a elaborar um catecismo que se antecipa ao próprio Concílio de Trento”, afirmou.