Como tem vivido este tempo de pandemia?
Por um lado, este é um tempo que nos priva de muita coisa, nomeadamente, estar com a família e participar nas eucaristias em assembleia. Por outro, aprendemos a aproveitar o tempo de outra forma, dedicando mais tempo à oração, porque o encontro com os irmãos está desfalcado e, por isso, tentamos compensar através dos meios que temos à nossa disposição. Como exemplo, acompanhar a eucaristia através da internet ou procurar outras coisas que nos possam ajudar a viver este tempo que, de certa forma, é também de vazio. Oxalá que nos ajude na nossa santificação, porque a vida não tem só coisas boas e, mais tarde, olhando para trás apercebemo-nos que também as coisas menos boas que nos ensinaram a crescer. É desta forma que tento viver este tempo.
O que tem sentido ao contactar com as comunidades?
Noto que as pessoas andam mais dispersas. Por um lado, quando ligamos com as pessoas, elas ficam felizes, porque sentem a mesma coisa que todos nós: a necessidade de estarmos juntos fisicamente. Por outro lado, há o não nos vermos e o estar distantes.
Como tentou fazer face aos desafios lançados pela pandemia?
Tenho tentado dar a volta através do telefone, contactando com as pessoas. Os telefonemas são mais frequentes agora e é uma das formas de acompanhar as pessoas, dizendo olá e perguntando se está bem e se precisa da nossa ajuda. É um gesto que faz toda a diferença. Não nos devemos fechar a nós próprios. Temos que ir ao encontro das pessoas.