Para o Pe. Zollner, a cimeira de 2019, com representantes das Dioceses de todo o mundo, foi um “passo importante”: “Pela primeira vez, foi tomada em consideração a responsabilidade dos Bispos, não quando abusam, mas quando são negligentes, obstaculizam ou impedem o que o Direito Canónico prevê” face às acusações. O documento do Papa Francisco a este propósito supõe penas para quem falhe na execução dessas normas. “Vimos, ultimamente, uma tomada de consciência e também decisões, Bispos que foram demitidos porque obstaculizaram, impediram ou deixaram de executar os procedimentos previstos.” É preciso “investigar quando há denúncias” e “penalizar quando há abusadores”. É uma prioridade para o Papa, que diz ter “aprendido muito, nos últimos anos, com o sofrimento das vítimas.” Referiu que ainda há alguns contratempos e resistências, mas que a Igreja está na linha da frente quanto a programas de salvaguarda e de criação de ambientes seguros, em todo o mundo.
A Conferência Episcopal Portuguesa acaba de promover um encontro de formação dirigido a Bispos e membros das comissões diocesanas sobre a “proteção de menores e de pessoas vulneráveis como parte integrante da missão da Igreja” e sobre “a missão das comissões diocesanas para a proteção de menores e de pessoas vulneráveis”, orientado pelo Pe. Zollner, em Fátima. Durante a semana, o Pe. Zollner falou aos superiores das congregações religiosas em Portugal, e encontrou-se com o clero de Braga.