O evento inclui cinco conferências. No primeiro dia, D. Vincenzo Paglia, Arcebispo italiano, Presidente da Pontifícia Academia para a Vida, abordará o tema “Cultura da Vida, ecologia humana e conversão moral em resposta à crise sanitária: desafios bioéticos colocados à Igreja e à inteira comunidade”. D. Vincenzo Paglia “vai abrir estes cinco dias de reflexão com um tema mais abrangente, em que abordará os desafios bioéticos postos pela atualidade das coisas”, explicou o Pe. Fábio Carvalho, Presidente do Secretariado Diocesano da Pastoral da Saúde.
No segundo dia, José Carlos Carvalho, biblista e Professor na Universidade Católica, falará sobre “A dignidade da vida humana e o cuidado pela pessoa vulnerável a partir da Sagrada Escritura”. Conforme, indicou, também, o Pe. Fábio Carvalho, José Carlos Carvalho era para já ter participado na assembleia do ano passado “Faz um apanhado de todos os livros da Sagrada Escritura, em que aparece o tema da vulnerabilidade”, adiantou.
O terceiro dia contará com a presença do Pe. Miguel Cabral, doutorado em Bioética, médico oncologista e Assistente da Associação dos Médicos Católicos Portugueses, que se debruçará sob o tema “Posicionamentos do Magistério da Igreja diante das atuais ameaças à dignidade da vida humana: Carta Samaritanus Bonus e testemunho pessoal na doença”. “Vai ainda apresentar-nos um breve testemunho pessoal, porque ele é também doente oncológico e teve Covid-19”, acrescentou.
O quarto dia é destinado à partilha do Pe. Fernando Sampaio, Capelão do Hospital de Santa Maria (Lisboa) e Coordenador Nacional das Capelanias, que falará sobre o tema “A Pastoral dos Doentes, dentro e fora dos hospitais, e o seu contributo para a humanização dos cuidados de saúde. Que futuro?”. “É Capelão há mais de 30 anos. Tinha 29 anos quando foi trabalhar para o IPO – Instituto Português de Oncologia, e nunca mais deixou o mundo da saúde. Tem uma grande experiência na área da Pastoral dos Doentes”, referiu, confidenciando que “gostaria de ouvir o que ele propõe para o futuro no âmbito dos cuidados de saúde e a sua humanização, que compete ao ramo da Pastoral dos Doentes”.
Já no último dia, D. Manuel Linda, Bispo do Porto, abordará o tema “A Ética do Cuidado e o lugar da Pastoral da Saúde numa Igreja Samaritana: exigências do hoje e pistas para o amanhã”. “O nosso grande objetivo é levar as pessoas, dentro e fora da Igreja, a pensar nestas questões. Queremos ter um contributo específico e claro a respeito do Princípio da Vida como princípio base de todos os valores”, salientou o responsável, acrescentando: “Queremos permitir a reflexão destes temas e contribuir para que a vida seja cada vez mais entendida, numa cultura que é, cada vez menos, cuidadosa com a vida. Queremos reafirmar o que entendemos ser a vida: um princípio inviolável e inegociável.”
Fábio Carvalho, que é também Capelão da ULSAM – Unidade Local de Saúde do Alto Minho, adiantou ainda que a Assembleia Diocesana contextualiza a situação pandémica. “Estamos a passar por uma crise sanitária mundial. Como não falarmos sobre isto? O que é que nós, Igreja, ainda podemos fazer?”, terminou.