“Que Deus trave esta tragédia, que trave esta pandemia. Que Deus tenha piedade de nós e que cesse também as outras pandemias tão más: a da fome, a da guerra, a das crianças sem instrução. E peçamos isso como irmãos, todos juntos. Que Deus nos abençoe a todos e tenha piedade de nós”, rezou.
Na sua homilia, o Papa evocou o drama da fome que atinge milhões de pessoas e apelou ao fim da indiferença perante o sofrimento do próximo. “Esta oração de hoje para pedir que o Senhor trave esta pandemia deve levar-nos a pensar nas outras pandemias do mundo. Há muitas pandemias! A pandemia das guerras, da fome e muitas outras”, apontou.
O Papa destacou a “coragem” do Alto Comité para a Fraternidade Humana em convidar todos a “rezar, cada um segundo a própria tradição, a fazer um dia de penitência, de jejum e também de caridade, de ajuda aos outros”.
Francisco respondeu aos críticos de iniciativas inter-religiosas e rejeitou qualquer tentativa de “relativismo”, falando num “dia de fraternidade”. “Estamos todos unidos como seres humanos, como irmãos, rezando a Deus, segundo a própria cultura, segundo a própria tradição, segundo os próprios credos, mas irmãos rezando a Deus, isso é importante: irmãos, fazendo jejum, pedindo perdão a Deus pelos nossos pecados, para que o Senhor tenha misericórdia de nós, para que o Senhor nos perdoe, para que o Senhor detenha esta pandemia”, explicou.
No final, o Papa desejou que após esta pandemia a humanidade seja menos “inconsciente diante das tragédias que se verificam no mundo”.