Na sua intervenção improvisada, o Papa pediu uma comunicação “austera, mas bonita”, que transmita a mensagem como “testemunho” e através de “substantivos”, sem adjetivar as pessoas “Comunicação como mártires, isto é, como testemunhas de Cristo: como mártires”, frisou.
Francisco afirmou que, na Igreja Católica, comunicar não é um trabalho de “publicidade”, mas uma imitação do “ser de Deus”, que não pode ficar sozinho, pelo que se deve transmitir “o verdadeiro, o certo, o bom e o belo” e alertou ainda para a tentação de “resignação” perante a falta de meios, observando que os “poucos” têm a missa de ser como o “fermento, como o sal”. Ainda na manhã de segunda-feira, o Papa recebeu uma delegação da União Católica de Imprensa Italiana, a quem pediu que sejam “a voz da consciência de um jornalismo capaz de distinguir o bem do mal, as escolhas humanas das desumanas”.
Francisco destacou que a comunicação tem necessidade de palavras “verdadeiras” no meio de palavras “vazias”, criticando o “alambique” dos interesses financeiros que limitam opções editorais. Em conclusão, o Papa desafiou os jornalistas a “inverter a ordem das notícias” para “dar voz àqueles que não as têm”.