Preocupado com o arranque do novo ano, o SNEC difundiu, em julho, um conjunto de orientações com o objetivo de ajudar Párocos e catequistas de todo o país nessa tarefa que – este ano – será muito diferente do que é habitual. Sublinhando que o Espírito Santo sempre suscita novos métodos e novas expressões para a Evangelização, o SNEC alerta para a necessidade de observar escrupulosamente as orientações das autoridades sanitárias e da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), e organiza um interessante leque de tópicos, de que aqui se faz uma súmula.
Em primeiro lugar, “avaliar o impacte da pandemia”, a forma como foram acolhidos e seguidos a transmissão das sessões de catequese, eventuais encontros on-line e outras iniciativas paroquiais, fazer o levantamento das atividades e celebrações canceladas ou adiadas e aferir as dificuldades sentidas pelos catequistas com as soluções digitais.
Depois, “organizar o próximo ano catequético”, com indicações gerais para a Catequese, dirigidas a catequistas (motivação a continuar, envolvimento nas decisões, trabalho em equipa), dirigidas aos grupos de catequese (ficheiro com informação para comunicação, recursos digitais e disponibilidade dos pais para acompanhamento, compaginação do grupo com espaços a utilizar e exigências sanitárias, planeamento de sessões presenciais e alternativas on-line, garantia de que cada um tem o seu próprio material, retoma de conteúdos do ano anterior, preparação da celebração de Sacramentos e festas), dirigidas à admissão de crianças ao 1º Catecismo (sensibilização junto de cada uma das famílias em causa e envolvimento dos pais em toda a organização) e dirigidas às famílias, sobretudo dos mais novos (interação constante, envolvimento prático dos pais, atenção às famílias em situação mais delicada, promoção da Catequese Familiar, vivência litúrgica familiar, alternativas para a inexistência de recursos digitais). Seguem-se indicações para celebrações, sobretudo de Sacramentos, seguindo quanto a CEP tem divulgado, privilegiando pequenos grupos nos momentos oportunos e espaços adequados, adaptando ritos e minimizando contactos e partilha de objetos. Este ponto termina com indicações para o planeamento do ano catequético (desde a motivação de catequizandos e famílias, até à preparação de uma forma criativa de o iniciar) e de ordem logística, relativas aos espaços, materiais e comportamentos, incluindo a elaboração de um plano de contingência e de uma lista de contactos com autoridades de saúde, segurança e proteção civil.
O documento contém, igualmente, orientações para as reuniões de catequistas (tipologia de grupos e encontros, caminhada catequética, comunicação e envolvimento das famílias, gestão de recursos), normas a observar nos encontros presenciais com os grupos, e tópicos úteis para encontros à distância. Termina afirmando que a norma mais relevante, certos de que Deus não nos abandona e que a sensatez humana tem valor, é “viver a Catequese com Alegria Evangelizadora, Confiança no Senhor, Esperança no valor da cooperação entre as pessoas e um sentido renovador de Caridade”.