“Após essas três semanas, não podemos fingir que não o ouvimos”, declarou, deste ajanela do apartamento pontifício, antes da recitação dominical da oração do ângelus. Perante milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro, o Papa recordou que nas últimas três semanas o Vaticano ouviu “as vozes dos pobres, juntamente com as de muitos outros, dentro e fora da Assembleia do Sínodo”.
A intervenção, minutos depois da missa conclusiva da assembleia sinodal, destacou a necessidade de respeitar as várias culturas, na missionação católica, e de “abrir novos caminhos para a proclamação do Evangelho”. Francisco falou do Sínodo como um espaço onde os participantes puderam “caminhar juntos”, olhando-se nos olhos e ouvindo com “sinceridade”, procurando propostas para “que o Evangelho seja anunciado a todos os povos”.
O Papa concluiu com uma invocação da Virgem Maria, que é “venerada e amada como Rainha da Amazónia, não conquistando, mas ‘inculturando-se’: com a humilde coragem de mãe, tornou-se a protetora dos seus filhos, a defensora dos oprimidos”. “Ela, uma mulher de esperança, interceda para que desça sobre nós o Espírito Santo, que com a sua doce criatividade torna novas todas as coisas”, desejou.