Desde o início da Igreja, os batizados eram assíduos também à oração comunitária, junto dos Apóstolos. Depressa se organizaram para marcar, com orações próprias, individual ou coletivamente, as horas mais importantes, do nascer ao fim do dia. Com o tempo, estes exercícios foram sendo formalizados, até chegar ao que hoje se designa por Liturgia das Horas, conjunto de orações que não é reservado aos consagrados, mas património de toda a Igreja. A sua estrutura geral inclui pequenos poemas, de muito antiga tradição, que – em dias solenes, como o de S. José (19 de março) – se referem à pessoa louvada. É o caso do Hino que aqui se reproduz, um dos recitados no Ofício de Vésperas, ao fim da tarde desse dia.
Varão perfeito, escolhido
Para esposo virginal
De Maria concebida
Sem pecado original.
Mereceste ter nos braços
Quem criou a terra e os céus;
Chamavas filho a quem era
O próprio Filho de Deus.
Aquele que dá alimento
Às avezinhas do céu
Por ti foi alimentado,
Do teu trabalho viveu.
Patrono da Santa Igreja,
Protege-a contra os perigos,
Como outrora defendeste
Jesus de Seus inimigos.
A nós, a quem o pecado
Oculta a luz da verdade,
Ensina o caminho certo
Que nos leva à santidade.
E humildes, castos e fortes,
Como tu, servindo a Deus,
Cheguemos no fim da vida
À glória eterna dos Céus.