“O tema deste Dia inspira-se no trecho evangélico em que Jesus critica a hipocrisia de quantos dizem, mas não fazem. (…) Jesus apresenta um modelo de comportamento totalmente oposto à hipocrisia: propõe deter-se, escutar, estabelecer uma relação direta e pessoal, sentir empatia e enternecimento, deixar-se comover pelo seu sofrimento até lhe valer e servir”, refere o Papa. “A experiência da doença faz-nos sentir a nossa vulnerabilidade e, ao mesmo tempo, a necessidade natural do outro. (…) quando estamos doentes, a incerteza, o temor e, por vezes, o pavor impregnam a mente e o coração; encontramo-nos numa situação de impotência.”
“A atual pandemia colocou em evidência tantas insuficiências dos sistemas sanitários e carências na assistência às pessoas doentes. Viu-se que, aos idosos, aos mais frágeis e vulneráveis, nem sempre é garantido o acesso aos cuidados médicos, ou não o é sempre de forma equitativa (…). Ao mesmo tempo, a pandemia destacou a dedicação e generosidade de profissionais de saúde, voluntários, trabalhadores e trabalhadoras, sacerdotes, religiosos e religiosas: com profissionalismo, abnegação, sentido de responsabilidade e amor ao próximo, ajudaram, trataram, confortaram e serviram tantos doentes e os seus familiares. (…) Enquanto cristãos, vivemos uma tal proximidade como expressão do amor de Jesus Cristo, o bom Samaritano.”
Confiando doentes e cuidadores a Maria, o Papa termina: “Uma sociedade é tanto mais humana quanto melhor souber cuidar dos seus membros frágeis e atribulados e o fizer com uma eficiência animada por amor fraterno.”
O Dia Mundial do Doente celebra-se a 11 de Fevereiro, coincidindo com a memória litúrgica de Nossa Senhora de Lurdes, e foi instituído pelo Papa João Paulo II a 13 de Maio de 1992 e procurar proporcionar “um momento forte de oração, participação e oferta do sofrimento para o bem da Igreja, assim como convidar todos a que reconheçam no rosto do irmão doente o santo rosto de Cristo que, sofrendo, morrendo e ressuscitando, realizou a salvação da humanidade”.