A petição exige medidas para evitar riscos de violação dos Direitos Humanos e de contaminação do ambiente, reparando as situações negativas que se venham a verificar, direta ou indiretamente, pela ação das empresas.
De acordo com os bispos, as economias devem seguir os valores da dignidade e da justiça e respeitar os direitos das pessoas e do meio ambiente.
Segundo a petição, os abusos cometidos pelas empresas são “recorrentes” e a crise da Covid-19 agravou a situação, “especialmente nas comunidades mais vulneráveis, que não beneficiam de nenhuma proteção social”.
A Declaração dos Bispos foi assinada por líderes da Igreja de países como a Índia, Myanmar, Uganda e Colômbia, “onde as comunidades foram afetadas pelas ações irresponsáveis das empresas transnacionais”. Ao mesmo tempo, muitos bispos da Europa (Áustria, Bélgica, França, Alemanha, Itália, Luxemburgo, Portugal, Suíça, Holanda) também subscreveram a Declaração, enviando uma “forte mensagem à Europa para que assuma a sua responsabilidade”.
A Declaração dos Bispos permanecerá aberta para recolher mais assinaturas, especialmente no contexto da próxima ronda de negociações, nas Nações Unidas, para a construção de um Instrumento Legalmente Vinculativo sobre Empresas e Direitos Humanos, que entra este ano na sua sexta sessão, informa a FEC.