• Sobre Nós
  • Contactos
  • Publicidade
  • Missas Diocese
Quarta-feira, Agosto 10, 2022
  • Entrar na Conta
Sem Resultado
Ver todos os resultados
Notícias de Viana
  • Diocese
  • Local
  • País
  • Mundo
  • Entrevista
  • Opinião
  • Diocese
  • Local
  • País
  • Mundo
  • Entrevista
  • Opinião
Sem Resultado
Ver todos os resultados
Notícias de Viana
Sem Resultado
Ver todos os resultados
Home Opinião

Lectio Divina da Paixão de Jesus segundo São Mateus

Por Noticiasdeviana
Abril 9, 2020
in Opinião
Tempo de leitura:6 mins read
0
43
Partilhas
43
Visualizações
Share on FacebookShare on Twitter

II

A última Ceia (Mt 26, 17-29)

1. Lectio: que diz o texto bíblico em si?

A segunda secção do relato da Paixão de Jesus segundo São Mateus é a última ceia (Mt 26, 27-29). Baseando-nos no critério cronológico, podemos subdividir este texto em três partes: os preparativos da páscoa (Mt 26, 17-19), o anúncio da traição de Judas (Mt 26, 20-25) e a última ceia de Jesus (Mt 26, 26-29).

Mt 26, 17-19: os preparativos da Páscoa

A primeira parte do texto abre-se com uma indicação cronológica e simultaneamente teológica (“No primeiro dia da festa dos ázimos”) e com uma pergunta exemplar para os discípulos de todos os tempos (“onde queres que façamos os preparativos para comer a páscoa?”).

O primeiro dia da festa dos ázimos, ou seja, o primeiro dos sete dias em que se comia pão sem fermento, corresponde ao dia 15 do mês de Nisân. É num contexto de recordação da libertação da escravidão do Egipto e de esperança da libertação messiânica que a última ceia se insere e pode ser compreendida.

Na resposta à pergunta dos discípulos, Jesus aparece como aquele que conhece os tempos e os planos de Deus. Por isso mesmo dá ordens concretas aos seus discípulos no que toca à preparação da Páscoa. Os discípulos aparecem como modelos de obediências às palavras de Jesus.

O anúncio da traição de Judas (Mt 26, 20-25)

Enquanto os discípulos preparavam a ceia pascal de Jesus, Judas preparava-se para trair Jesus. No entanto, esta traição não fica encoberta. Jesus no decorrer da ceia põe-na a nu. Se num primeiro momento revela-a de uma forma mais geral e abrangente (“Um de vós me há de entregar”), no final com clareza e precisão indica o traidor (“Tu o disseste”). Ante esta advertência, que provocou tristeza nos discípulos, cada um deles interroga-se: “Porventura serei eu, Senhor?” Também Judas se interrogou: “Porventura serei eu, Mestre?” Esta pergunta, à primeira vista, é semelhante à dos restantes discípulos. Contudo, possui uma nuance significativa. Enquanto os discípulos chamam a Cristo por Senhor, Judas chama-o de Mestre, Rabbí. “Neste momento, Jesus já não é mais o centro da sua vida.” (G. Zevini – P. Giordano Cabra) Quando se vê desmascarado, Judas não assume o que fez nem se arrepende, mas tenta ocultar a sua ação com hipocrisia.

A última ceia de Jesus (Mt 26, 26-29)

Apesar da traição de Judas, Jesus continua a amar todos os seus discípulos e a revelar-lhes o seu amor ao instituir a eucaristia no contexto da refeição pascal, como nos narra a terceira e última parte do nosso texto. À traição de Judas, Cristo responde com a nova aliança.

Estes versículos que podem ser considerados uma etiologia cultual, ou seja, a origem e a causa de um rito, desempenha um papel fundamental no relato da Paixão. Com efeito, as palavras pronunciadas por Jesus sobre o pão e sobre o cálice são a chave de leitura, o critério hermenêutico da Paixão. “Na narração da Paixão, com efeito, conhecemos o que Jesus sofreu, mas não porque sofreu. Isto é-nos dito na narração da ceia: ele vai ao encontro da paixão por nós”. (Bruno Maggioni) Corpo entregue e Sangue derramado são expressão da totalidade de uma existência que se dá, entrega como dom aos outros e pelos outros. A existência de Jesus é uma pró-existência, uma existência a favor dos outros.

Nesta ceia de despedida, o protagonista é Jesus. É só ele que fala e atua. Os gestos que Jesus realiza são os mesmos que realizou na multiplicação dos pães, ou vice-versa: tomou, deu graças, partiu e entregou. Os verbos, as ações de uma vida verdadeiramente eucarística e que foram repetidos ininterruptamente até aos nossos dias, configurando a estrutura não só da liturgia eucarística, mas também de uma verdadeira espiritualidade eucarística. “O vinho deve ser bebido e o pão deve ser comido. Isto é a vida do Mestre deve ser compartilhada pelos discípulos. Não basta celebrá-la, nem tão pouco recordá-la deve ser revivida. Esta é a verdadeira memória.” (Bruno Maggioni)

As palavras que acompanham os gestos do pão partido e do cálice compartilhado indicam o sentido que Cristo atribui à sua Paixão. As palavras sobre o cálice apresentam o valor expiatório da morte de Jesus. A sua paixão, morte e ressurreição serão um sacrifício para o perdão dos pecados. A missão de Jesus expressa no seu nome (Deus Salva) realiza-se plenamente na hora da cruz. O “por muitos” que aparece no texto tem de ser entendido em sentido total e não parcial. Cristo morre por todos e não só por alguns.

A última afirmação de Jesus neste texto assegura-nos que Cristo estava consciente da fecundidade da sua entrega. Jesus há de voltar a beber o vinho novo no reino do Pai.

Meditatio:  que me diz o Senhor com este texto bíblico?

  • a) “Onde queres que façamos os preparativos para comer a Páscoa?”

i) A Quaresma não é uma finalidade em si mesma, mas um caminho de preparação para a Páscoa. Estou a aproveitar o itinerário quaresmal para preparar a Páscoa? Fiz algum propósito/compromisso quaresmal? Como gostaria de chegar à Páscoa? Preocupo-me mais com os preparativos exteriores (limpezas, arrumações, viagens, …) ou interiores (jejum, oração e esmola)?

  • b) “Porventura serei eu, Senhor?”

i) A possibilidade da traição espreita cada discípulo. É necessária uma grande vigilância para não enveredar pelo caminho da traição. Tenho consciência que o traidor posso ser eu? As minhas intenções são sempre puras e retas? Não será o momento de, com seriedade e grande confiança na misericórdia de Deus, fazer o meu exame de consciência de cristão e celebrar o sacramento da reconciliação?

  • c) “Jesus tomou o pão e, depois de pronunciar a bênção, partiu-o e deu-o aos seus discípulos.”

i) Tomar, dar graças, partir e dar são os verbos da eucaristia. Uma vida verdadeiramente eucarística tem de conjugar estes verbos nas suas ações concretas. Sei tomar a minha vida nas minhas mãos como dom de Deus ou limito-me a responder a estímulos? Sou grato pelos dons que Deus me concede ou lamento-me por não ter os dons dos outros? Sei partir, ou seja, quebrar-me e deslocar-me pelos e até aos outros? Sei dar-me, entregar o meu tempo e as minhas qualidades, por uma causa em benefício dos demais?

2. Oratio: que digo ao Senhor, em resposta à sua Palavra?

Senhor Jesus,

OBRIGADO por te fazeres presente e te tornares o nosso alimento no sacramento da Eucaristia, memorial do teu grande amor e da tua entrega por todos e cada um de nós.

DESCULPA todas as nossas pequenas e grandes traições, todas aquelas vezes que não agimos com intenção pura e reta procurando os nossos interesses e não a tua maior glória, a salvação dos irmãos e a nossa própria santificação.

AJUDA-ME a preparar a tua Páscoa. Quero tomar, dar graças, partir e dar a minha vida. Que a celebração desta Páscoa não seja mais uma festa de calendário, mas a oportunidade de renascer contigo.

3. Actio: que decisão concreta me convida a tomar a Palavra que escutei, meditei e rezei?

Consciente de que devo preparar a Páscoa de Jesus e que a traição bate à minha porta, vou fazer o meu exame de consciência e celebrar o sacramento da reconciliação. Além disto, tentarei participar na celebração eucarística, prestando atenção aos gestos de Jesus que se repetem em cada liturgia eucarística: tomar, dar graças, partir e dar.

Fonte: Notícias de Viana
Etiqueta: Pe. Nuno Ventura, cp
Notícia Anterior

Mensagem do Bispo de Viana aos padres, na Quinta-Feira Santa

Notícia Seguinte

Lectio Divina da Paixão de Jesus segundo São Mateus

Noticiasdeviana

Publicidade

Mais Notícias

Festa do Baptismo do Senhor- Ano B

2 anos ago

Voltei à Escola

2 anos ago

Siga-nos

Plataforma de Partilha

O jornal Notícias de Viana pretende ser a voz da Diocese e um veículo de comunhão entre todos os diocesanos, alicerçado em três objetivos: ser provocador, participativo e popular.

Atualidade

  • Diocese
  • Local
  • País
  • Mundo
  • Entrevista
  • Opinião

Notícias de Viana

  • Sobre Nós
  • Contactos
  • Ficha Técnica
  • Estatuto Editorial
  • Assinatura
  • Edição Impressa
  • Publicidade
  • Missas Diocese

Avisos Legais

  • Política de Privacidade
  • Política de Cookies
  • Termos de Utilização
  • Condições de utilização de redes sociais
  • Reclamações electrónicas online
  • Tribunal arbitral do consumo
  • Portal do Consumidor
  • Signumdesign

© 2022. Notícias de Viana é propriedade
da Diocese de Viana do Castelo

Sem Resultado
Ver todos os resultados
  • Noticias de Viana
    • Sobre Nós
    • Contactos
    • Ficha Técnica
    • Estatuto Editorial
    • Assinatura
    • Edição Impressa
    • Publicidade
  • Diocese
    • Arciprestados
    • Evangelização
    • Celebração
    • Espiritualidade
    • Solidariedade
    • Missas Diocese
  • Local
  • País
  • Mundo
  • Entrevista
  • Opinião
  • Missas Diocese

© 2022. Notícias de Viana é propriedade
da Diocese de Viana do Castelo

Bem vindo de volta!

Entre na sua conta abaixo

Esqueceu password?

Recupere sua password

Escreva o nome de utilizador ou endereço de e-mail para redefinir sua senha.

Entre na sua conta

Adicionar nova lista de reprodução

Este site usa cookies. Ao continuar a usar este site, você concorda com o uso de cookies. Visite Cookies.