Diante da Palavra
Vinde, Espírito Santo, convertei o meu coração para que possa experimentar a verdadeira alegria!
Interpelações da Palavra
A alegria da conversão
A alegria cristã nasce do encontro íntimo e pessoal com Jesus Cristo, o Salvador e Redentor da humanidade, Aquele que oferece um sentido para a vida e desafia a percorrer com esperança e confiança o caminho da santidade. No Evangelho deste Domingo, o convite à alegria está estritamente ligado com o permanente desafio à conversão e à mudança de vida: «Que devemos fazer?». Por isso, alegria e conversão são palavras que caminham de mãos dadas na nossa vocação baptismal porque nos recordam que a verdadeira alegria nasce de um coração que dia após dia se renova pela força transformadora do amor de Deus.
O tempo de Advento está revestido da jubilosa esperança de um Deus tão próximo de nós que assume a nossa natureza humana, para nos ensinar a verdadeira arte de nos fazermos próximos uns dos outros. «O Senhor está próximo» e esta certeza da proximidade de Deus, como nos recorda S. Paulo traduz-se num insistente convite à alegria: «Alegrai-vos sempre no Senhor. Novamente vos digo: alegrai-vos».
A alegria como realização da verdade e da justiça
Acolhemos o convite de Sofonias e a exortação de Paulo aos Filipenses, conscientes que alegria cristã é a alegria daqueles que querem ver realizada na terra a verdade e a justiça, a alegria daqueles que não se deixam diminuir no seu desejo, nem deixam este desejo divergir e dissipar-se em alegrias fugazes que acabam por ser fontes de descontentamento, próprios e alheios, mas que procuram a satisfação plena que só em Deus se pode encontrar, pois é Deus o autor das mais profundas aspirações do nosso coração. Esta alegria que se renova no encontro com Jesus Cristo reclama a disponibilidade de coração que João Baptista anuncia com o seu baptismo de penitência.
A verdadeira alegria gera frutos de caridade
Também nós, interpelados pela presença e pela palavra do percursor, perguntamos como as multidões, os publicanos e os soldados: «que devemos fazer?». Para cada um, João tem uma palavra concreta e um desafio preciso. A escuta da Palavra não nos pode deixar indiferentes e o convite à alegria reclama movimentos concretos de conversão, pois um coração que em cada dia cresce na fidelidade ao Evangelho frutifica saboreando a alegria nova que brota do coração de Deus. Os frutos da conversão que João Baptista aponta e reclama referem-se sempre ao nosso comportamento com o próximo. Fica claro, que a conversão, isto é, o nosso voltar-se para Deus, passa sempre pelos nossos gestos com o próximo. No Evangelho o verbo «amar» conjuga-se sempre com o verbo «dar» e, de modo particular, na sua forma reflexa, «dar-se». Preparemos o Natal do Senhor com um coração agradecido pela presença terna e misericordiosa de Deus em Jesus Cristo e façamos da conversão verdadeira estrada que nos conduz à santidade.
Rezar a Palavra
Senhor Jesus, ensina-me a saborear a verdadeira alegria
percorrendo com ousadia e coragem a estrada da conversão.
Concede-me o dom do discernimento,
para que possa descobrir em cada dia
o que devo fazer, concretizando
com gestos de amor e ternura a Boa Nova do Evangelho que semeias no meu coração.
Viver a Palavra
Ao longo desta semana devo criar um tempo e espaço propício para a realização de um exame de consciência que me ajude a concretizar atitudes concretas de conversão e mudança.