Segundo a Prefeitura da Casa Pontifícia, o Papa chegará à Basílica Inferior de S. Francisco pelas 15h00 para celebrar a Eucaristia “de forma privada, sem qualquer participação de fiéis”, devido à situação de saúde pública. Logo após, junto do túmulo do santo, o Papa assinará a encíclica que tudo tem a ver com esse valor central do seu pontificado: a fraternidade. De facto, depois da sua eleição, a 13 de março de 2013, Francisco dirigiu-se ao mundo usando a palavra “irmãos” (“fratelli”), sentimento e condição de que tem sido um mensageiro incansável ao longo do seu pontificado, em cada intervenção, em casa saída, em cada atitude. Nas palavras do Papa, a fraternidade “nasce da fé em Deus, que é Pai de todos e Pai da paz”.
Esta será a terceira encíclica de Francisco. A primeira data de 29 de junho de 2013, é designado por “Lumen Fidei” (“Luz da Fé”) e tem por subtítulo “Sobre a fé”, e a segunda, datada de 24 de maio de 2015, tem o nome de “Laudato si’” e o subtítulo de “Sobre o cuidado da casa comum”. Também esta última recorre a palavras que S. Francisco de Assis usa repetidamente ao longo da sua oração conhecida como Cântico das Criaturas: “Laudato si’, mi’ Signore” (“Louvado sejas, meu Senhor”).
Assis é uma cidade medieval localizada sensivelmente no centro de Itália, fortemente associada à Ordem dos Frades Menores, também conhecida como dos Franciscanos, na qual foi erigida a Basílica de S. Francisco. O complexo, Património Mundial da UNESCO desde 2000, é composto pela Basílica Superior (que representa a glória), pela Basílica Inferior (que representa a penitência e onde está o túmulo de S. Francisco), pela Cripta e pelo Convento. A primeira pedra foi lançada por Gregório IX (178º Papa) em 1228, logo após a canonização do santo.