Na homília, Francisco afirmou que “só juntos” será possível superar esta crise. “Demo-nos conta de estar no mesmo barco, todos frágeis e desorientados, mas ao mesmo tempo importantes e necessários: todos chamados a remar juntos, todos carecidos de mútuo encorajamento. E, neste barco, estamos todos, todos”, disse.
O Papa defendeu a necessidade de “despertar e ativar a solidariedade e a esperança”, para que todos sejam “capazes de dar solidez, apoio e significado a estas horas em que tudo parece naufragar”.
A celebração de oração contou com momentos de adoração eucarística e com uma bênção especial ‘urbi et orbi’ [à cidade (de Roma) e ao mundo] – habitualmente reservada aos dias de Páscoa e Natal, além da eleição de um novo pontífice -, com possibilidade de indulgência plenária para os católicos.
Francisco lamentou que a humanidade tenha vindo a perder as suas “raízes” e a sua memória, ignorando os mais velhos, que apresentou como a “imunidade necessária para enfrentar as adversidades”. “É o tempo de decidir o que conta e o que passa, de separar o que é necessário daquilo que não o é. É o tempo de reajustar a rota da vida rumo a Ti, Senhor, e aos outros”, assinalou o pontífice.
O Papa elogiou ainda as pessoas “exemplares” que têm dado a sua vida ao serviço dos outros, durante a pandemia.
Com a custódia eucarística nas suas mãos, o Papa abençoou a cidade de Roma e o mundo, desde a porta principal da Basílica de São Pedro, num momento em que se misturaram os sons dos sinos no Vaticano e o das ambulâncias que circulavam na capital italiana.