No primeiro dia, que tinha como frase inspiradora “Emanava d’Ele uma força que a todos curava” (Lc 6,19), refletiu-se sobre a importância da escuta ativa e da comunicação empática, concluindo-se que o acompanhante espiritual necessita de, no contacto com o doente, atender e identificar-se com a pessoa e com a sua situação, sendo igualmente importante estar preparado para o confronto emocional e psicológico decorrente deste acompanhamento.
No segundo dia, partindo da pergunta de Jesus “Que estais a pensar em vossos corações?” (Lc 5,22), foi levada a cabo uma análise da psicologia do doente e dos diferentes graus ou dimensões da dor, centrando a atenção nas situações concretas com que um paciente terminal se confronta. “Quando toda a pessoa é afetada, vivencia uma dor que engloba todo o seu ser e não apenas uma dimensão, pelo que a espiritualidade, a psicologia e a própria dimensão social, importam na hora de prestar cuidados de saúde”, afirmou Cicely Saunders neste contexto.
No último dia, sob o imperativo “Vai e faz tu também o mesmo” (Lc 10,37), refletiu-se sobre Organização do SAER (Serviço Apoio Espiritual e Religioso) em ambiente institucional, bem como os contributos da espiritualidade bíblica para a Pastoral da Saúde, terminando, assim, um encontro que pode ser resumido em duas palavras: “acompanhamento” e “escuta”.