Diante da Palavra
Vinde, Espírito de Amor, ensina-nos o verbo vigiar para permanecermos nesse estado agora e sempre!
Interpelações da Palavra
Cinco eram insensatas e cinco eram prudentes…
Esta parábola podia bem chamar-se a Parábola das Metades numa fiel alegoria ao nosso modo de viver! Vivemos a meias: a meias verdades, a meio gaz, mais ou menos, assim-assim! Uns dias vivemos a total prudência nas nossas atitudes, no nosso agir para logo as substituir pela insensatez e incoerência! Tecemos a vida umas vezes com fios de seda e ouro, quando apoiados na graça e no dom e outras com linhas de alinhavar, seguros de nós mesmos, contando apenas connosco. O Senhor, olhando a nossa vida e o mundo em que vivemos alerta a uma vida plena, por inteiro, com o TODO que somos, construída na relação com Ele.
Como o esposo se demorava…
Na espera também se constrói, se consolida a paciência, a temperança. Vivemos imersos no imediato e na satisfação ao segundo das nossas necessidades, mas o tempo é construtor e consolida. Não gostamos de esperar e por isso bocejamos e aborrecemo-nos rapidamente. Uma mãe espera delicadamente e pacientemente nove meses pelo seu filho. Nessa espera, todos as células da criança seguem o percurso de maturação, ordenada e no tempo certo. Sabemos que uma criança de pré-termo entra em perigo de vida, pela prematuridade da sua existência. A demora é esse tempo de atenção que permite a construção de quem somos, de quem queremos ser, conscientes de que estaremos sempre impreparados.
Senhor, Senhor, abre-nos a porta…
Quando a vida nos sacode e nos surpreende, quando a sonolência marcou o ritmo dos nossos passos, quando todas as portas se fecharam e parece que chegamos a um beco sem saída é quando, do fundo de nós, sai essa oração em forma de grito suplicante: Senhor, abre-me a porta; Senhor, ajuda-me, socorre-me que me distraí! E o Senhor, que nos olha com ternura e amor, irá exclamar que não nos conhece, porque nos conhece dignos. Muitas vezes estamos desalinhados, sofridos, esfarrapados, mas não foi para isso que fomos criados! Há em nós uma dignidade de filhos que naqueles momentos é resgatada e somos devolvidos à vida! Nunca a porta do coração de Deus se fecha! Nem mesmo com toda a nossa insensatez! Bastará apenas um coração sincero e suplicante e as entranhas do Senhor abrem-se aos Seus!
Rezar a Palavra
Meu Senhor e meu Deus,
Que eu seja inteira e viva na inteireza!
Que eu seja sensata e prudente nos gestos, nas palavras e nos pensamentos!
Que eu seja paciente e costure a minha vida e o meu existir com as Tuas linhas e possa mostrar aos que me rodeiam que também tens fios de tecer para quantos queiram!
E, Senhor, quando insistir nos meus cordéis e eles se partirem que eu tenha a coragem de gritar por Ti! Ámen.
Viver a Palavra
Durante esta semana vou estar atenta às minhas atitudes e gestos imprudentes e insensatos e em cada um elevar para Ti a minha súplica!