Mais de dois séculos e meio depois, Luís António Quintales transformou o relato de Torres num Caminho de Santiago adaptado às necessidades das peregrinações jacobeias atuais. Este trabalho esteve na base do projeto de “Valorização Cultural e Turística do Caminho de Torres”, que está a ser desenvolvido em parceria por cinco comunidades intermunicipais (Douro, Tâmega e Sousa, Ave, Cávado e Alto Minho), no âmbito do Programa Operacional Norte 2020, no domínio do Património Cultural. Iniciado em 2017, o projeto contemplou, numa primeira fase, o levantamento histórico e a sinalização do itinerário que atravessa mais de uma dezena de municípios do Norte de Portugal. Em Ponte de Lima, o Caminho de Torres entronca com o Caminho Central Português, que passa por Rubiães, em Paredes de Coura, prolongando-se até à travessia do rio Minho, em Valença. Ao longo deste itinerário, que se inicia na Ponte do Abade, em Sernancelhe, e com uma extensão de quase 235 km, o peregrino passa por quatro sítios classificados como património mundial e seis catedrais.
No sentido de apresentar, divulgar e promover o Caminho de Torres, a Comunidade Intermunicipal do Alto Minho organizou um encontro, que teve lugar no dia 11 de fevereiro, na Villa Moraes, em Ponte de Lima. A sessão contou com a participação de Paulo Almeida Fernandes, assessor científico do projeto, Nuno Pontes, peregrino dos Caminhos de Santiago e presidente da Associação Espaço Jacobeus, David Ferreira, coordenador da Comissão de Certificação do Caminho de Santiago, e Catarina Chaves, representante da Federação Europeia dos Caminhos de Santiago.