“Estando Cristo Redentor nosso na cruz, olhou para S. João, o discípulo amado, e encarregou-lhe que tivesse cuidado de servir e acompanhar a sua Santíssima Mãe. (…). Pois se (…) havia outros amados, e mais parentes, porque não escolheu Cristo a outro discípulo, senão a S. João para este ofício? A razão foi porque o ofício de acompanhar e servir à Senhora, era ofício de S. José, enquanto viveu: e para substituir em ausências de José, quem havia de ser, senão João? (…) Morrera José: vagara no mundo aquele grande lugar; e para substituir em sua morte, para suceder em sua ausência, ninguém havia no mundo que estivesse a caber, senão quem? João, o amado de Deus. João o amado de Deus substitui a José. (…) Quando Cristo deu a S. João o cuidado de servir à Senhora, as palavras que disse foram estas: ‘Mulher, eis aí teu filho. João, eis aí tua Mãe’. Assim nasceu S. João segunda vez, e assim foi necessário que nascesse, para suceder no lugar de S. José como sucedeu; porque, só se pode substituir dignamente a morte de José, com quê? Com o nascimento de um (…) amado de Deus.”
“Desposa-se José com Maria (…), porque o fim destes desposórios foi ser José Esposo da Virgem, e guarda do Rei nascido (…). Oh dignidade superior a todos os santos, a de José! (…) não tendo Cristo Anjo da Guarda, porque é Deus, tenha por Custódio um homem, que é S. José! Grande glória de José.”
E, profetizando, termina: “Esteja embora esquecido por agora S. José, e não seja sua memória tão celebrada como merece; que Deus levantará este grande santo a seu tempo, para que seja particular padroeiro do seu império na Igreja militante: (…) se o império de Cristo na Igreja militante somos nós, S. José há-de ser particular padroeiro deste império.”