Em comunicado, a CIM Alto Minho deu nota que um dos principais pontos da agenda de trabalho foi a melhoria das ligações rodoviárias transfronteiriças em torno da fronteira da Madalena e do rio Minho. “De entre as propostas apresentadas, destacam-se alguns investimentos também preconizados no Plano Rodoviário Nacional 2000 e no Plano Nacional de Investimentos 2030, para além de outros investimentos apresentados, para os quais serão equacionadas possíveis soluções por parte do Ministério das Infraestruturas”, refere, acrescentando que foram também abordados os contributos do Alto Minho para o Plano Nacional Ferroviário, “que incluem a continuação da modernização da linha férrea do Alto Minho (Minho-Porto-Vigo) e a conectividade com a linha ferroviária de alta velocidade, destacando-se a importância de essa ligação acontecer a partir de Portugal na estação de Valença e, ao mesmo tempo, a valorização do projeto através de uma estação intermédia em Ponte de Lima”.
Outro ponto discutido foi a qualificação do porto de mar de Viana do Castelo, com destaque para a importância do impacto previsto após a construção da nova ponte rodoviária sobre o rio Lima para ligação à zona industrial de Deocriste, o acesso rodoviário do Nó da A28 S. Romão do Neiva ao porto de mar, e a necessidade de garantir a conexão ferroviária com o porto de mar de Viana do Castelo, para impulsionar as exportações da região. “Sem esta ligação ferroviária, o porto de mar de Viana do Castelo não pode exportar a sua mercadoria pelo corredor do Atlântico, uma das mais importantes infraestruturas ferroviárias europeias de transporte de mercadorias, que liga Portugal, Espanha, França e Alemanha”, considera a CIM.
Para o presidente da CIM Alto Minho, Manoel Batista, as propostas apresentadas estão alinhadas com o “regime de exceções” do Acordo de Parceria do Portugal 2030, uma vez que se referem a infraestruturas rodoviárias localizadas em regiões menos desenvolvidas e a menos de 20 km da fronteira Portugal/Espanha. “O investimento a efetuar é elevado, mas resulta da procura do setor económico e industrial, com enorme força em todo o Alto Minho”, salienta.