Na homilia, o Papa Francisco falou da herança cristã do país europeu e do simbolismo da Cruz como “ponte entre o passado e o futuro”. “O sentimento religioso é a seiva vital desta nação, tão afeiçoada às suas raízes. Mas a cruz plantada no solo, além de nos convidar a que nos enraizemos bem, ergue e estende os seus braços a todos: exorta a manter firmes as raízes, mas sem entrincheiramentos; a beber nas fontes, abrindo-nos aos sedentos do nosso tempo”, afirmou, frisando que o seu “desejo” é que os fiéis daquele país sejam “alicerçados e abertos, enraizados e respeitadores”. “A «Cruz da Missão» é o símbolo deste Congresso: que vos leve a anunciar, com a vida, o Evangelho libertador da ternura sem limites de Deus por cada um. Na atual carestia de amor, é o alimento que o homem espera”, reiterou.
Francisco recordou a beatificação de duas testemunhas do Evangelho, em Varsóvia, na Polónia: o Cardeal Stefan Wyszyński e Elżbieta Róża Czacka, fundadora das Irmãs Franciscanas Servas da Cruz, afirmando que foram “duas figuras que conheceram de perto a cruz”. “O Primaz da Polónia, preso e segregado, manteve-se sempre um pastor corajoso segundo o coração de Cristo, arauto da liberdade e da dignidade humana; e a religiosa, que perdeu a visão muito jovem, dedicou toda a sua vida a ajudar os cegos”, especificou, apelando: “Que o exemplo dos novos Beatos nos estimule a transformar as trevas em luz, com a força do amor.”
No final da Missa, foi ainda rezada a oração mariana do Angelus, pedindo à Virgem Maria que “acompanhe e abençoe o povo húngaro”. De Budapeste, abençoou também “todas as crianças, os jovens, os idosos, os enfermos, os pobres e os marginalizados”.
A 52ª edição do Congresso Eucarístico Internacional decorreu sob o mote “Todas as minhas fontes estão em Ti. A Eucaristia: fonte da nossa vida e da nossa missão cristã”, e contou com a participação das delegações de vários países, incluindo uma comitiva portuguesa de 26 pessoas.